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Pastagens de inverno: como melhorar produtividade

Há espécies de gramíneas anuais mais precoces que podem antecipar o período de utilização das pastagens de estação fria

_MG_1326Uma alternativa econômica e rentável para que os produtores rurais evitem os prejuízos gerados pelo inverno, principalmente na região da Campanha. Assim, as pastagens cultivadas de inverno são uma ferramenta importante para os pecuaristas gaúchos. Nos últimos anos, o setor de sementes de forrageiras de inverno obteve avanços, em especial por conta do processo de melhoramento vegetal, com a possibilidade de ter sementes certificadas que são produzidas seguindo normas determinadas pelo Ministério da Agricultura. Dessa forma, se garante aspectos como a identidade, a pureza genética e física, além de qualidade fisiológicas mínimas, o que proporciona aos produtores ter a certeza de que estarão adquirindo sementes que resultarão na boa formação de suas áreas no que diz respeito à pureza e germinação.

A pesquisadora da Embrapa Pecuária Sul, Márcia Silveira informa que há uma variedade de materiais que se prestam aos diferentes sistemas de produção da região. “Há espécies de gramíneas anuais mais precoces que podem antecipar o período de utilização das pastagens de estação fria; há também espécies que possuem como característica, o ciclo mais longo e maior produção de forragem”.

Márcia ressalta que os colegas da pesquisa da área de melhoramento de forrageiras da Embrapa e Ufrgs têm buscado avanços no que diz respeito às leguminosas (trevos e cornichão) mais adaptadas e produtivas que em breve estarão disponíveis no mercado. “Estas leguminosas são alternativas interessantes tanto para quem utiliza campos naturais quanto pastagens cultivadas para produção animal a pasto”, declara.

As indicações de cultivo de forrageiras anuais de inverno como a aveia preta e aveia branca se dão por conta da adaptação eficiente às condições de solo e clima, além de possuírem grande capacidade de perfilhamento, boa produção de forragem e serem mais precoces quando comparadas a outras forrageiras de inverno, o que pode proporcionar disponibilidade de forragem mais cedo para os animais, salienta a pesquisadora Márcia Silveira.

A pesquisadora também salienta os benefícios de outra forrageira tradicionalmente utilizada na região, o azevém, que é uma forrageira considerada naturalizada na região  sul-brasileira. “Apesar de apresentar um desenvolvimento inicial lento, nós da pesquisa também a indicamos como alternativa para cultivo de inverno por proporcionar boa produção de forragem de qualidade para a produção animal”. Conforme Márcia, esta forrageira oportuniza pastejo em meados de inverno até a primavera e apresenta características interessantes como se prestar à consorciação com trevos e cornichão, e por proporcionar ressemeadura natural. “Acredito que se houver possibilidade de utilizar adequadamente, pelo menos estas duas gramíneas, os produtores da região terão um maior período de forragem disponível para pastejo ao longo da estação fria e, consequentemente, melhor produção”, comenta.

Fonte: Jornal Folha do Sul – 26/06/2014

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