O produtor paranaense tem até o final de junho para semear o trigo, dependendo da região do Estado em que se encontra. Em algumas áreas do norte paranaense, o plantio já terminou.
O preço do cereal se mantém em patamares bons e os produtores estão animados neste ano. Em vista desse cenário favorável, o plantio pode até crescer nas áreas ainda não semeadas, como as de Castro, de Ponta Grossa e de Guarapuava.
A avaliação é de Nelson Costa, superintendente adjunto da Ocepar (Organização das Cooperativas do Paraná). Ele acredita que a área destinada ao trigo cresça no Paraná, atingindo de 1,05 milhão a 1,1 milhão de hectares.
Se os produtores que optaram pelo trigo estão otimistas, o mesmo não ocorre com os que plantaram milho.
A colheita desse produto já começa em algumas áreas do Estado, e os preços estão caindo.
No caso do trigo, os valores de negociação se mantêm de R$ 35 a R$ 38 por saca, acima do valor mínimo de R$ 31,86 estipulado pelo governo para o cereal.
Os preços devem continuar favoráveis aos produtores brasileiros, apesar do aumento de área internamente e na Argentina, tradicional fornecedor de produto ao Brasil.
Os argentinos vão semear 3,9 milhões de hectares, elevando a produção para 13 milhões de toneladas.
Costa diz que a oferta de trigo dos argentinos não preocupa. O que preocupa é o foco dos incentivos do governo do país vizinho na exportação de farinha e não na do cereal em grão.
Quanto à eliminação temporária dos impostos ao trigo vindo de países fora do Mercosul, Costa diz que, se cumpridos os prazos de internação do produto –final de julho–, não haverá problemas.
É um período de entressafra no Brasil e na Argentina e o governo tinha de garantir o abastecimento, devido à baixa oferta do cereal na região.
A produção mundial de trigo fica em 700 milhões de toneladas, mas não repõe os estoques nos níveis anteriores à recente seca.
Para o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA), o estoque final desta safra será de 168 milhões de toneladas.
Já o consumo mundial é de 678 milhões, aponta o IGC (conselho internacional de grãos).
Pecuária O abate de bovinos somou 530 mil animais em abril em Mato Grosso e foi o segundo maior em um mês na história do Estado. Isso ajudou o total de abates a tomar ritmo forte no ano e subir para 1,93 milhão de animais n0 primeiro quadrimestre.
Acima de 2012 Ao atingirem esse número, os abates dos quatro primeiros meses superaram em 12,3% os de janeiro a abril do ano passado. Os dados são do Idea (Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso).
Fêmeas Os dados do instituto mostram que o descarte de vacas foi acentuado nesse período, atingindo 54% dos animais que foram enviados aos frigoríficos.
Pastagens O abate de fêmeas é comum no início de ano, mas atualmente ocorre também pela perda de área das pastagens.
Rebanho Mato Grosso lidera a pecuária brasileira, No ano passado, tinha 28,7 milhões de cabeças de bovinos. Esse número é 2% inferior ao de 2011.
Cítricos Relatório do Rabobank indica que quedas de produção de laranja em São Paulo e na Flórida vão mexer com o mercado nos próximos anos.
Mudanças fortes A queda de produção paulista afetará o mercado a partir de 2014. A da Flórida, se a produção cair para 106 milhões de caixas como prevê o departamento de citricultura, vai mudar o mercado. Em 2011/12 foram 147 milhões.
DE OLHO NO PREÇO
Cotações
Boi
(R$ por arroba)96,50
Frango
(R$ por quilo)1,80
Soja
(R$ por saca)55,03
Milho
(R$ por saca)21,42
Folha de S. Paulo
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