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Queda de produção eleva Bolsa de Chicago

O mercado internacional das commodities agrícolas, mais precisamente, da soja, milho e do trigo foi surpreendido com os números do relatório mensal de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgado nesta sexta-feira (8/10) com enfoque na safra 2010/11.

Milho
Havia certa expectativa em relação às estimativas de produção e produtividade do milho americano.   O mercado trabalhava com uma produtividade inferior à média histórica, haja vista que a safra americana enfrentou problemas climáticos, como a doença fungica (afetou a formação do tamanho da espiga) e as chuvas no período de polinização.  E o esperado aconteceu.   A produtividade caiu de 10.188 kg/hectare para 9.768 kg/hectare. Já a produção americana do grão foi reajustada de 334 milhões para 321 milhões de toneladas.
Com isso, os contratos futuros na Bolsa de Chicago operam, no meio pregão, com limite de alta.  A posição dezembro/10 é negociada a US$ 12,47/saca, um ganho de US$ 0,71/saca em relação ao fechamento da quinta-feira (US$ 11,76/saca).

Soja
No caso da soja, o USDA retificou as estimativas de produção e estoques finais americanos. A produção anteriormente prevista em 94,8 milhões caiu para 92,7 milhões de toneladas.  O estoque final americano passou de 9,5 para 7,2 milhões de toneladas.  Com isso, a produção mundial passou para255, milhões de toneladas e estoques finais de 61 milhões de toneladas.  O aumento da produção mundial é decorrente da reavaliação da safra brasileira de 65 para 67 milhões de toneladas.
Para a soja, os números são de tendência de alta e positivos, uma vez que existe nos Estados Unidos uma "briga por acres", quer dizer a soja tem que apresentar preços rentáveis para não perder área para o milho e o trigo. Não esquecer que o foco na Lei Agrícola vigente volta-se para o milho.
Na Bolsa de Chicago, os preços já refletem os dados do relatório. A posição dezembro é negociada a US$ 25,02/saca, alta de US$ 1,55 por saca.

Trigo
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos também revisou os números para o trigo.   A produção mundial passou de 643 milhões para 641 milhões de toneladas.  Os estoques finais igualmente reajustados para 175 milhões de toneladas (menos 3,1 milhões de toneladas).  Já o consumo mundial foi elevado de 661 para 663 milhões de toneladas.
Os negócios futuros em Chicago abriram com alta, haja vista a redução nos estoques e a baixa produtividade do milho. Os futuros para dezembro, no meio pregão, são negociados a US$ 15,76 por saca, ganho de US$ 1,25 por saca frente ao fechamento da quinta-feira (US$ 14,51/saca).

Gilda M. Bozza
Economista – DTE/FAEP

DETI

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