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Queijaria de Ibaiti expande produção após premiação

Reconhecimento no Prêmio Queijos do Paraná deu visibilidade ao negócio, após os produtores Silmara e Valdinei Pinto trocarem a vida na cidade pelo campo

A queijeira Silmara Garcia Molina Pinto não tinha muitas expectativas quando fez a inscrição no Prêmio Queijos do Paraná. Como fazia pouco tempo que se dedicava à atividade, ela não esperava conquistar medalha, apesar de seus queijos serem sempre elogiados. Assim que chegou à premiação, no dia 30 de maio, no Museu Oscar Niemeyer (MON), em Curitiba, Silmara passou a festejar colegas que tinham sido medalhistas. Só depois de conferir a relação de vencedores, é que ela constatou que seu queijo Colinas Frescal tinha ganhado medalha de prata.

“Quando vi na lista que tinha um premiado da minha cidade [Ibaiti, Norte do Paraná], eu fiquei pensando em quem poderia ser. Aí caiu a ficha que, do município, só eu tinha me inscrito. Foi uma grande alegria”, conta Silmara.

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Silmara e Valdinei Pinto, da Queijaria Colinas

A condecoração consolidou o recente retorno de Silmara ao campo. Após passar a infância e a pré-adolescência no Norte Pioneiro (ela nasceu em Figueira e morou também em Curiúva), aos 14 anos, Silmara se mudou a Curitiba. Lá, formou-se em técnica em enfermagem e se casou com Valdinei Castilho Pinto, que era supervisor da Companhia Paranaense de Energia (Copel). Apesar de terem feito a vida na cidade, Silmara e o marido começaram a planejar a volta ao interior, na aposentadoria. Em 2016, compraram uma propriedade de 26 hectares localizada em Ibaiti.

“Não tinha nada quando chegamos. Construímos o barracão, o retiro de leite, estruturando aos poucos”, conta Silmara.

A produção de queijos começou quase por acaso, ainda em 2020, depois que o casal comprou uma vaca. “Ela chegou dando 28 litros. A gente tomava um. Ia fazer o que com os outros 27? Comecei a fazer os queijos. Fui para a internet e peguei as primeiras receitas”, diz Silmara. Dois anos depois, a família começou a comercializar os queijos, de maneira informal, sobretudo para vizinhos.

Profissionalização

Com o aumento da demanda, o casal construiu uma cozinha industrial. Em seguida, a propriedade recebeu a visita de um técnico do Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná (IDR-Paraná) e de um médico veterinário do município, que passaram a incentivar a formalização do negócio. Paralelamente, Silmara arregaçou as mangas e fez uma série de cursos, incluindo uma capacitação do Sistema FAEP, no Centro de Treinamento Pecuário (CTP), em Castro, na região dos Campos Gerais.

“Nós fomos direcionando para formalizar a queijaria e, ao mesmo tempo, fui me especializando, fazendo curso, com o objetivo de me tornar mestre queijeira”, diz Silmara.

A infraestrutura ficou pronta neste ano, recebendo o nome de Queijaria Colinas. Logo em seguida, o empreendimento conseguiu o selo Serviço de Inspeção Municipal (SIM), que permite a comercialização formal dos produtos no município. Com a regularização, Silmara pôde se inscrever no Prêmio Queijos do Paraná, promovido pelo Sistema FAEP. “Um técnico do IDR-Paraná comeu o meu queijo e falou: ‘Esse é pra ganhar prêmio’. Isso me incentivou a participar. Aí eu fui, mas sem pretensão”, revela Silmara.

A queijeira e o marido já sentiram o impacto da premiação. Logo na semana seguinte, passou a receber inúmeras mensagens de pessoas querendo saber sobre os produtos e manifestando intenção de conhecer a queijaria. “Virou nossa vida de uma forma positiva. Eu só não estou produzindo mais por falta de matéria-prima, mas estamos trabalhando para providenciar isso”, conta.

A Queijaria Colinas tem quatro vacas em lactação e uma produção que chega até 40 quilos de queijo por semana. A ideia é expandir o volume, a partir da aquisição de leite de produtores vizinhos. O casal também não descarta a possibilidade de ampliar o plantel. Mais importante de tudo isso é que a premiação mostrou que Silmara e Pinto estavam certos quando decidiram voltar ao campo.

“Está dando certo. Temos a sensação de que se continuarmos nesse caminho, de buscar conhecimento, de se qualificar e focar em qualidade, vamos ter sucesso. Isso é muito gratificante”, conclui Silmara.

Imprensa

O Departamento de Comunicação do Sistema FAEP desenvolve a divulgação das ações da entidade. Entre suas tarefas, uma é o relacionamento com a imprensa, incluindo a do setor agropecuário e também os veículos

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