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Soja tem alta de mais de 50 pts com clima seco nos EUA e estimativa de redução nos estoques

A Oil World reduziu, nesta terça-feira (19), suas estimativas para os estoques norte-americanos de soja por conta da forte demanda por exportação enquanto os estoques sul-americanos já estão sendo reduzidos.

Ao final deste ano comercial, os estoques da oleaginosa nos Estados Unidos deverão ser de 4,2 milhões de toneladas ante as 4,6 milhões estimadas há três semanas pela consultoria alemã. As reservas podem ser cerca de 400 mil toneladas menores do que as últimas projeções, "aproximando-se dos requisitos mínimos absolutos", afirmou a Oil World. O volume

Em maio, as exportações norte-americanas saltaram 32% em relação ao mesmo mês de 2011, ainda segundo a consultoria. As vendas deverão registrar, ainda, um aumento de 40% nos próximos meses, em função da migração da demanda dos fornecedores da América do Sul – Brasil e Argentina – por conta da quebra para voltar-se ao produto norte-americano.

"A demanda global está agora cada vez mais se voltando para os Estados Unidos, reduzindo os estoques norte-americanos a níveis mínimos no fim de agosto de 2012. O grande aumento nas exportações dos EUA de soja e farelo pode se tonrar um pesadelo logístico nos próximos 6 a 7 meses", disse a Oil World em seu último relatório.

Toda essa forte demanda pela soja, principalmente por conta da quebra da safra, também faz com que os estoques na América do Sul continuem sendo rebaixados. Em 1ºde junho, os estoques dos cinco principais produtores sul-americanos da oleaginosa – Brasil, Argentina, Paraguai, Bolívia e Uruguai – caíram para 72,36 milhões de toneladas contra as 96,09 milhões de toneladas da safra anterior.

Os estoques argentinos, em 1º de junho, foram estimados em 31,34 milhões de toneladas contra 40,32 milhões de toneladas no mesmo período do ano passado. Os brasileiros são projetados em 36,72 milhões de toneladas, contra 48,90 milhões do ciclo anterior.

Mercado em Chicago – Por conta dessa oferta bastante restrita de soja e condições climáticas bastante adversas nos Estados Unidos, os futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago registram expressivas e firmes altas. Por volta das 13h (horário), os principais contratos trabalhavam com ganhos superiores a 50 pontos. O milho e o trigo também sobem, porém, com ganhos mais modestos.

O principal fator de alta para os preços tem sido, desde a sessão desta segunda-feira, as condições climáticas adversas nos Estados Unidos. Por conta do clima quente e seco, o índice de lavouras em boas ou excelentes condições recuou e estimulou novas e significativas altas para as cotações, segundo o último relatório de acompanhamento de safra divulgado pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).

O boletim do departamento norte-americano apontou que entre as plantações de milho, 63% estão em condições boas ou excelentes, contra 66% da semana passada e 70% do mesmo período no ano passado. No caso da soja, os números recuaram de 60% das lavouras em bom estado para apenas 56%. Nesse mesmo período em 2011, o índice era de 68%.

Na última semana, menos de 5% das chuvas "normais" caíram em partes dos estados de Iowa e Illinois. "Com a falta de umidade no centro-norte de Illinois e em partes do Corn Belt espera-se que esses índices caiam ainda mais. No leste de Iowa e em Illinois as coisas estão difíceis", disse Scott Stoller, comerciante de cereais de Illinois.

O temor é de que a falta de chuvas e as altas temperaturas possam comprometer a produtividade das plantações, frustrando as expectativas para uma safra recorde de milho e ajustando ainda mais a já preocupante safra de soja.

Fonte: Notícias Agrícolas – 19/06/2012

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