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USDA Janeiro – 2016

USDA reduz produção americana, soja reage

DEPARTAMENTO TÉCNICO E ECONÔMICO – FAEP
Tânia Moreira| Economista do Departamento Téc. e Econômico – FAEP – 12/06/2016

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou hoje seu relatório de oferta e demanda referente ao mês de janeiro, trazendo uma visão mais ajustada em relação à produção, estoques e exportações americanas.

O plantio da nova safra nos Estados Unidos só tem início a partir de abril, e ainda não estão definidas as projeções sobre de área, da nova safra. Neste relatório, o USDA trouxe um ajustamento das produções de soja e milho da safra 2015/16. No hemisfério Sul, o plantio de soja na Argentina se aproxima do fim, e a colheita se inicia no Brasil.

Abaixo são detalhadas as estimativas do USDA para o mês de janeiro:

SOJA SOBE NA CBOT COM MENORES ESTOQUES E PRODUÇÃO

 

Tabela USDA

 

O USDA reduziu a produção mundial de soja em relação ao relatório de dezembro. A produção mundial foi revisada para 319,01 milhões de toneladas, considerando o corte na produção americana, que passou para 106,95 milhões de toneladas. A produtividade americana foi revisada de 48,3 para 48,0 bushels por acre, com redução da área colhida de 82,4 para 81,8 milhões de acres.

A produção americana da safra 2015/16 é a maior da série histórica, mas ainda assim as cotações em Chicago registraram reação após o relatório, já que os números americanos contrariaram as expectativas médias de mercado, que aguardavam por produção e estoque final maior nos Estados Unidos.

A produção brasileira e argentina ainda foram mantidas, e a exportação da Argentina registrou aumento na previsão passando para 11,80 milhões de toneladas.

O preço médio projetado pelo USDA é no intervalo entre US$ 8,05 a US$ 9,55 por bushel.

Após a divulgação do relatório o futuro de março-2016 passou a registrar alta, cotado a US$ 8,74 por bushel.

 
MILHO SOBE COM PRODUÇÃO E ESTOQUES MENORES

 

tabela 2

 

Após a divulgação do relatório as cotações do milho em Chicago passaram a registrar variação positiva, como resultado da redução da produção mundial para 967,93 milhões de toneladas, dado a redução não esperada na produção americana que passou para 345,49 milhões de toneladas.

Os estoques finais mundiais foram reduzidos com cortes nos estoques finais brasileiros, em função de exportações recordes, e menores estoques na Argentina, ao mesmo tempo em que a exportações americanas de milho foram revisadas a menor. O USDA destacou a forte concorrência com o produto da América do Sul.

O intervalo de preço projetado pelo o USDA foi de US$ 3,30 a US$ 3,90 por bushel.

Após a divulgação do relatório o contrato de março-2016 registrava alta de 1,46%, cotado a US$ 3,56 por bushel.

TRIGO

 

tabela 3

 

Para o trigo, a produção mundial foi revisada acima do número de dezembro, passando para 735,39 milhões de toneladas, com aumento no estoque final mundial. O estoque final americano também sofreu aumento.

DETI

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