Nesta segunda-feira (10), O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), divulgou o relatório mensal de março de oferta e demanda mundial de grãos com poucas alterações em relação ao relatório de fevereiro/14. As principais alterações se deram na produção brasileira e nos estoques finais norte-americanos e, consequentemente, na produção mundial e estoque mundial.
A produção mundial de soja passou de 287,69 milhões para 285,43 milhões de toneladas, uma redução de 2,26 milhões de toneladas. O consumo mundial foi reavaliado para 269,70 milhões de toneladas e os estoques mundiais passaram de 73,01 para 70,64 milhões de toneladas. Com isso, a relação estoque final/consumo é de 26,20%. Para os Estados Unidos, o USDA manteve a produção norte-americana em 89,51 milhões de toneladas e reduziu os estoques finais de 4,09 para 3,95 milhões de toneladas. A relação estoque final/consumo norte-americano é de 8,12%. As exportações norte-americanas foram reajustadas para cima, passando de 41,10 milhões para 41,64 milhões de toneladas.
Para o Brasil o relatório reajustou para baixo a produção brasileira de soja avaliada em 88,5 milhões de toneladas por conta da estiagem e do forte calor registrados no Brasil. Com o novo número o Brasil perde a posição de principal produtor e os Estados Unidos assumem o lugar. As exportações brasileiras permaneceram em 45,00 milhões de toneladas, mantendo o país como principal exportador mundial de soja.
Já para a Argentina, o USDA manteve inalterados os números do relatório anterior, com a produção prevista em 54,00 milhões de toneladas e exportações de 8,00 milhões de toneladas. A importação chinesa permaneceu em 69,00 milhões de toneladas.
No caso do milho, o USDA promoveu alteração na produção mundial e nos estoques finais mundiais. A produção mundial passou para 967,52 milhões de toneladas (966,63 milhões de toneladas no relatório de fevereiro) e os estoques finais passaram de 157,30 milhões para 158,47 milhões de toneladas. Para os Estados Unidos a produção foi mantida em 353,72 milhões de toneladas e as exportações reavaliadas para 41,28 milhões de toneladas. Os estoques finais caíram de 37,63 milhões para 36,99 milhões de toneladas. Para o Brasil, o relatório manteve os números do relatório de fevereiro, a saber: produção 70,00 milhões de toneladas e exportações de 20,00 milhões de toneladas. Para a China a produção foi reajustada de 217,00 para 217,73 milhões de toneladas.
Por Gilda Bozza – economista do DTE
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