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Uso constante de herbicidas pode provocar resistência de plantas daninhas

Uma das principais preocupações da agricultura mundial são os casos de resistência de ervas daninhas com uso sistemático de herbicidas. Segundo o pesquisador da Embrapa Soja Fernando Adegas, é preciso fazer o controle correto para evitar que este problema chegue às lavouras em várias regiões do Brasil, como já acontece no sul e no centro oeste.

A rotação de herbicidas é uma alternativa a resistência de plantas daninhas.  O alerta foi feito feito a técnicos e produtores que participaramm do Encontro Nacional de Tecnologias de Safra (Entec$), em Lucas do Rio Verde. De acordo com o pesquisador, a criação de resistência de plantas daninhas vem ocorrendo devido ao uso sucessivo de um mesmo herbicida, o glifosato, na dessecação para o plantio direto e no controle das lavouras geneticamente modificadas RR (Roundup resistent) de soja, milho e algodão. Com isto a população dos indivíduos resistentes aumenta, causando prejuízos às lavouras.

"Este é um dos principais problemas nos Estados Unidos, na Austrália, na Argentina e no Sul do Brasil. Vamos alertar sobre este cenário para não deixar isto acontecer no Cerrado. Provavelmente o problema vai chegar. Queremos reduzir a intensidade para ver se o pessoal se prepara melhor, para ter menor custo", alerta Fernando Adegas.

Segundo o pesquisador, no Brasil há cinco espécies resistentes ao glifosato. Uma é o azevém, mais comum em regiões temperadas, como Rio Grande do Sul e Paraná, e que não deve chegar a Mato Grosso. Há ainda três espécies de buva e o capim amargoso.

Para evitar que o problema da resistência de plantas daninhas aos herbicidas acometa as lavouras na agricultura brasileira, Adegas cita duas medidas que podem ser adotadas: rotação de herbicidas e formação de palhada. Ele ressalta a eficiência e praticidade do glifosato. Até por isso alerta para o uso moderado para evitar a perda da tecnologia.

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