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Vazio sanitário da soja tem boa adesão de produtores no Paraná

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Paraná constatou a redução da área com plantas remanescentes de soja no período do vazio sanitário da soja, que vigorou entre 15 de junho e 15 de setembro. Isso significa que o produtor paranaense está mais consciente dos benefícios da medida, adotada para controlar o fungo da ferrugem asiática, doença que ataca as lavouras de soja, afirmou a engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, da Divisão de Sanidade Vegetal, da Secretaria de Agricultura. As baixas temperaturas registradas este ano também contribuíram para a eliminação de plantas de soja.

Até 14 de junho, dia que antecedeu o início do vazio no Paraná, os fiscais da Defesa Sanitária Vegetal encontraram uma área aproximada de 3.735 hectares com plantas remanescentes de soja da safra de verão (2010/2011). Isso levou os fiscais da secretaria a emitirem 124 notificações aos produtores. No final do vazio, a área encontrada com soja remanescente foi reduzida para 1.030 hectares, sendo lavradas 47 autuações.

O vazio sanitário, período em que não deve haver qualquer plantio de soja no Estado, nem mesmo plantas remanescentes, foi instituído por resolução da Secretaria da Agricultura em 2007, com o objetivo de controlar o fungo causador da ferrugem asiática, doença que pode provocar sérios prejuízos econômicos ao produtor. Em casos mais extremos, a manutenção de plantas no período do inverno pode até inviabilizar o plantio de soja em uma localidade e até mesmo em grandes áreas.

De acordo com Maria Celeste, nesses quatro anos os produtores entenderam que a medida contribui para a redução da aplicação de agrotóxicos e, consequentemente, para a redução do custo de produção.

O Paraná é o segundo maior produtor de soja do país, com uma área plantada de 4,48 milhões de hectares na safra passada, que permitiu uma produção recorde de 15,31 milhões de toneladas. Segundo Maria Celeste Marcondes, a adoção do vazio sanitário contribui para o sucesso da cultura no Estado, ao evitar estragos causados pelo fungo da ferrugem asiática.

Fiscais da Defesa Sanitária Vegetal se mantêm vigilantes no período do vazio sanitário e percorrem propriedades, estradas e empresas que armazenam ou transportam a soja, para evitar que plantas remanescentes sejam hospedeiras do fungo.

Fonte: Canal Rural

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