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Alta do diesel encarece frete de cargas em até 3%

O reajuste de 5% no diesel nas refinarias, anunciado pela Petrobras, tem um impacto direto na inflação menor do que 0,05%, mas a alta na cadeira produtiva é muito mais relevante. De acordo com a Federação das Empresas de Transporte de Carga do Estado do Paraná (Fetranspar), o frete rodoviário, responsável pela movimentação de 60% das cargas brasileiras, ficará de 1,8% a 3% mais caro. Os preços dos itens de baixo valor agregado, como os produtos agrícolas, devem sofrer as maiores altas.

A alta de 15% no valor do diesel nos últimos doze meses "10,7% desde o começo deste ano" tem importância relativa para cada cadeia produtiva, mas fatalmente será sentida pelo consumidor final. "O combustível já é o item mais relevante da planilha de custos do frete de alimentos e de bens de consumo, mais do que o pedágio", explica Sérgio Malucelli, presidente da Fetranspar. Segundo ele, é impossível reter esta alta e poucos produtos estão imunes ao frete rodoviário. "A alta será repassada e, em breve, chegará ao consumidor final", afirma .

Aumento chega aos postos amanhã

O aumento de 5% no preço do diesel na refinaria deve se refletir nas bombas dos postos de combustível de Curitiba até amanhã. Donos de postos estimam que, assim que os estoques atuais acabem, o litro do diesel chegará a R$ 2,29. Até ontem, o preço médio na cidade era de R$ 2,16, de acordo com a ANP. A alta é o repasse integral do aumento estabelecido pela Petrobrás e contraria a estimativa do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrifican­tes, que imaginava que o aumento ao consumidor seria um pouco abaixo do reajuste oficial. Segundo o presidente do sindicato, Alisio Vaz, a mistura de 5% com biodiesel dilui parte do reajuste.

A agricultura deve ser a maior castigada. "O diesel mo­vimenta a economia. A agricultura é fortemente impactada", afirma presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, que explica que o setor utiliza o combustível em todas as etapas, da preparação do solo à colheita e ao transporte da mercadoria. Ele pondera que a alta também vai impactar a geração elétrica, já que algumas termelétricas usam diesel.

De acordo com o economista do Dieese, Sandro Silva, altas como estas podem se reverter em reajustes ainda maiores na cadeia. "Algumas empresas ainda costumam reajustar o valor acima do impacto calculado, pressionando ainda mais o custo para o consumidor", explica.

Em janeiro, a Petrobrás já havia anunciado um reajuste de 5,4% no preço do diesel para aliviar o caixa da empresa. A medida deve ajudar a reforçar o caixa da empresa, uma vez que o combustível é o mais consumidor no país.

Nova alta pressiona reajuste da tarifa de ônibus

A segunda alta do preço do diesel em 2013 chegou justamente no momento em que o governador Beto Richa anunciou o cancelamento do subsídio da tarifa de transporte público de Curitiba e vai pressionar ainda mais a Urbs por um reajuste da passagem acima dos R$ 3. O combustível é responsável por 24% dos custos do quilômetro rodado pelos ônibus da cidade.

Tarifa técnica

A alta do diesel de 12% até fevereiro é uma das justificativas da Urbs para reajustar a tarifa técnica. ?O combustível e a data-base de motoristas e cobradores tornam inevitável o reajuste da tarifa?, afirma o economista do Conselho Regional de Economia do Paraná (Corecon-PR), Carlos Magno Bittencourt. A tarifa técnica está em R$ 3,05, enquanto a passagem paga pelos usuários do transporte coletivo é de R$ 2,60.

Gazeta do Povo Online 

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