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Armazenagem exige recursos de R$ 10 bi

O aumento da produção de grãos no Brasil, em 2013, poderá gerar um déficit de armazenagem de 40 milhões de toneladas. O comentário é do superintendente-comercial da Kepler Weber, João Tadeu Franco Vino, com base nos dados do Ministério da Agricultura, que projeta uma safra de 185 milhões de toneladas. Segundo Vino, para zerar este déficit, indústrias, agricultores e governo têm que investir R$ 10 bilhões.

Para o superintendente-comercial da Kepler Weber, a falta de armazenagem deve gerar aumento de custos de produção e do transporte dos grãos, além de comprometer a estratégia de vendas, pois o agricultor pode realizar a venda em um período que não é o melhor. "A armazenagem permite que o produtor comercialize sua safra quando os preços estão mais atraentes", lembra Tadeu Vino. E complementa: "Nos últimos cinco anos, foram investidos entre R$ 7 bilhões e R$ 8 bilhões em armazenagem, mas os valores foram insuficientes para zerar o déficit", afirma Tadeu Vino, que também é coordenador do grupo de armazenagem da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq).

"Falta de locais para armazenagem é bom, porque é um indicador de que a produção está avançando. Até porque a produção cresce mais rápido do que armazenagem", disse o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Geller.

Com a tendência de novos recordes serem batidos, o governo federal pretende criar novas linhas de crédito para aumentar as condições de transporte e armazenamento da produção.

"Estão sendo definidos pontos estratégicos para fazermos novos armazéns públicos em Santa Catarina, na Bahia e em outros estados do nordeste. Pretendemos incentivar a iniciativa privada com financiamentos e taxas de juros", antecipou o secretário de Política Agrícola.

Ele explica que o Brasil tem enfrentado problemas na área de armazenagem em consequência da alta produtividade, que tem avançado muito fortemente, e lembra que isso envolve também problemas de logística, que é por onde os produtos são escoados.

A soja e o milho tiveram problemas dessa espécie durante a última safra.

"Vamos participar de audiências com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social [BNDES] para discutir a questão. Os dirigentes do banco manifestaram interesse em nos ajudar nesse ponto", disse Geller. "E temos o aval dos Ministérios da Fazenda e do Planejamento para anunciarmos nos próximos dias os contratos de opções para reposição de estoques, com o objetivo de balizar o mercado e assegurar a política de renda do produtor."

Atualmente, os armazéns públicos estocam dois milhões de toneladas de grãos.

A maior fatia está nos armazéns privados, que estocam algo entre 5 e 7 milhões de toneladas, segundo Geller. A previsão é de que os recursos do BNDES não sejam limitados a equipamentos, mas se estendam a obras civis da iniciativa privada.

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