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Avicultura foca nas exportações para fugir do vermelho

Com elevados custos de produção no setor, mercado externo se torna mais atrativo para equilibrar contas das empresas; exportações do Estado crescem 19% no primeiro quadrimestre de 2016

Se o mercado consumidor interno está turbulento e nada atrativo, o negócio é olhar para além das fronteiras. Este é o pensamento das empresas ligadas ao setor avícola paranaense, que estão passando por um momento positivo em 2016 graças a uma estratégia: exportar. Driblando os elevados custos de produção e uma economia nacional desacelerada, o bom ritmo de comercialização com os clientes internacionais tem dado fôlego ao setor no Paraná, que representa 35,7% das exportações de todo o País.

Números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), comprovam o bom momento do Estado. No primeiro quadrimestre do ano, foram embarcadas 523,4 mil toneladas da proteína frente a 439,9 mil exportadas no mesmo período de 2015, uma alta expressiva de 19%.

Bons percentuais que são justificados por alguns fatores: o principal deles, sem dúvida, é taxa de câmbio que fortalece o dólar, e consequentemente, o envio de produtos do agronegócio ao exterior. “Com a economia nacional num momento ruim, as exportações têm equilibrado nossas contas. Os custos de produção estão muito elevados devido aos valores do milho e da soja para a ração. Se dependêssemos apenas do mercado interno, estaríamos operando no vermelho”, salienta o presidente do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Domingos Martins.

Para o representante das indústrias do setor, “lá fora não existe essa crise que está instalada no País”, e por isso, é possível criar boas oportunidades de negócios. Não por acaso, a média das exportações mensais do País cresceu em torno de 16,6% nos últimos meses. Domingos elenca a China e os países árabes como os principais responsáveis por essa pujança do momento. “Quem consegue exportar para esses locais está nadando de braçada. A China continua crescendo em média de 6% ao ano, com elevado consumo do produto. Em contrapartida, a produção de frango deles está estabilizada, e com a alta da soja e do milho, eles acham mais interessante importar a carne já pronta”.

Sem modéstias, Martins relata que é muito difícil um país conhecer o frango paranaense e, depois, deixar de importá-lo. Hoje o produto embarca para 152 países do mundo. “Temos preço, qualidade e sanidade muito fortes. Acredito que com o José Serra assumindo o ministério das Relações Internacionais, os números podem melhorar ainda mais. O Itamaraty tem que se tornar um conjunto de ‘caixeiros viajantes’ em busca de novos mercados”.

Produção
No que diz respeito à produção no Estado, o primeiro quadrimestre também apresentou elevação. Foram 588,6 milhões de cabeças de frango abatidas, ante 524,6 milhões no mesmo período em 2015. “Entretanto, estes números não valem tanto, porque os animais estão mais leves no momento do abate. Ou seja, o valor em toneladas permanece estabilizado”, conclui.

Fonte: Folha de Londrina – 23/05/2016

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