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Brasil perde R$ 12 bi em exportações do agronegócio

O alerta foi feito por Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários Privativos (ABTP)

Além de retardar, por 18 meses, investimentos portuários na ordem de US$ 673 milhões, o Governo deixa de ganhar mais US$ 12 bilhões/ano em divisas para a Balança Comercial Brasileira, prejudicando os números do agronegócio, o atual carro chefe das exportações.

Esta conta é referente às 8o áreas constantes na primeira fase do Programa de Investimento em Logística (PIL II), anunciado pela presidente Dilma Rousseff, localizadas nos portos de Santos e do Pará, as quais teriam capacidade de movimentar, juntas, 23 milhões de toneladas/ano, porém se encontram paralisadas desde novembro de 2013.

A burocracia excessiva faz com que esses números sejam ainda maiores, uma vez que estas áreas, voltadas ao agronegócio, ficaram por 18 meses em análise pelo TCU e ainda passarão obrigatoriamente pela letargia burocrática das diversas licenças, procedimentos licitatórios e de outorga, até o seu efetivo funcionamento, o que gera em média uma espera de 4 anos.

A nova etapa do PIL, estimada em R$ 198,4 bilhões em investimentos, dos quais R$ 69,2 bilhões a serem realizados entre 2015-2018, diante de tantos problemas que ocorrem na política e na economia, não definindo os horizontes do país, se projetar esses US$ 12 bilhões/ano pelo tempo da ineficiência e do excesso de burocracia do setor público se atingirá a um extraordinário valor de US$ 66 bilhões perdidos em receitas para os cofres públicos.

Essa irresponsabilidade dos órgãos públicos está custando muito caro para o País em termos de ausência e redução dos investimentos em portos, perdas no comércio exterior e, consequentemente, impactos negativos na economia interna, na geração de empregos e de tributos.

Só em 2014 foram deixados de produzir perto de 4 milhões de toneladas de grãos, por falta de local para escoamento na região Norte do Brasil, alerta Wilen Manteli, presidente da Associação Brasileira de Terminais Portuários Privativos (ABTP).

 
Fonte: 28/07/2015 – Bahia Negócios

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