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Começou no Paraná o vazio sanitário da soja

Fiscais da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar) estão em campo desde a sexta-feira (15) para fiscalizar a obediência ao vazio sanitário da soja, período em que fica proibida no Estado a manutenção de plantas vivas de soja. A restrição valerá até 15 de setembro. O objetivo da medida – que é executada no Paraná desde 2008 – é reduzir a incidência da ferrugem asiática, doença que provoca sérias perdas econômicas.

O produtor que se sentir prejudicado pelo descaso de vizinhos poderá fazer denúncia às Unidades de Sanidade Agropecuária da Adapar, nos núcleos regionais da Secretaria da Agricultura ou escritórios do Instituto Emater. A engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, da Adapar, diz que o produtor deve monitorar sua propriedade e adjacências em relação à ocorrência de plantas vivas de soja, mesmo aquelas que nascem de forma espontânea. Todas devem ser eliminadas.

Se for constatada a presença de plantas vivas de soja em lavouras, carreadores, à margem de estradas municipais, estaduais ou federais, os responsáveis serão autuados. A partir da autuação, terão 10 dias para apresentar defesa e eliminar as plantas. Se nada disso for feito, dependendo dos atenuantes e agravantes, a autuação se transforma de multa que vai de R$ 50,00 a R$ 5 mil, podendo também gerar processos que podem levar até a interdição da propriedade.

Se a ocorrência de plantas vivas for nas estradas municipais, a prefeitura será responsabilizada. O mesmo acontece nos casos das estradas estaduais, cujos responsáveis poderão ser o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) ou as concessionárias de pedágio. E no caso das estradas federais, a União será responsabilizada, informou a engenheira agrônoma.

Segundo Maria Celeste, se o fungo que causa a ferrugem asiática não tiver o hospedeiro, que é a planta viva de soja para se manter, ele morre. Se o fungo for eliminado junto com as plantas vivas no período do vazio sanitário, conforme recomenda a pesquisa agronômica, na safra normal de soja, acontecerá o retardamento do aparecimento da doença, e consequentemente uma menor aplicação de produtos químicos para o controle, com menor custo de produção e menor degradação do meio ambiente.

A Adapar conta com a contribuição dos Conselhos Municipais de Sanidade Agropecuária (CSAs), que vão alertar e orientar os produtores sobre a importância de cumprir as normas do vazio sanitário da soja.

Agência Estadual de Notícias – Paraná

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