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Condições climáticas ocorridas e tendências para os próximos meses

Por Luiz Renato Lazinski, meteorologista do INMET

Observamos uma mudança no padrão das precipitações ocorridas durante o mês de fevereiro, com uma melhor distribuição em relação ao mês de janeiro. No Paraná as chuvas ficaram um pouco acima da média em todo o Estado, já em S.Catarina e no Rio Grande do Sul as chuvas ficaram entre a média e ligeiramente abaixo do esperado para a época do ano. A umidade no solo do Centro-sul do Brasil, manteve-se ao longo do mês, com bons índices de umidade, favorecendo o bom desenvolvimento das lavouras. A diminuição das precipitações no final do mês, favoreceu a colheita da soja em algumas áreas do Centro-sul e início do plantio do milho safrinha. Nas Regiões Sudeste e Centro-oeste, as chuvas também ficaram acima da média na maior parte destas áreas, o excesso de chuvas no início do mês atrasou um pouco o início da colheita da soja. Nas áreas produtivas de grãos da Região Nordeste, as chuvas apresentaram volumes abaixo da média histórica, ao longo do mês. De uma maneira geral, os totais de chuva observados em fevereiro, foram superiores aos registrados no mês anterior.

As temperaturas registraram valores próximos à média histórica, no Centro-sul do Brasil, porém, com dois padrões bem distintos. Na primeira quinzena de fevereiro, as temperaturas ficaram abaixo da média, voltando a fazer calor na segunda quinzena do mês, com valores de temperaturas observados acima da média. Nas demais regiões do Brasil, as temperaturas ficaram dentro da média.

O mês de fevereiro não apresentou nenhuma mudança significativa no padrão do comportamento das temperaturas  das águas superficiais, no Oceano Pacífico Equatorial. Estas temperaturas das águas superficiais continuam com anomalias próximas à média, mantendo a tendência de neutralidade e seguindo o mesmo padrão dos últimos meses, como podemos observar na figura 01. Estas condições, aliadas a outras variáveis climatológicas, continuam indicando uma situação de neutralidade climática (nem "El Nino" e nem "La Nina"). Os prognósticos dos modelos climáticos globais, também indicam a continuidade desta situação de "neutralidade" para os próximos meses, como podemos observar na seqüência das figuras 02 a 05.

Analisando os modelos de prognóstico climáticos, a tendência para o  final do verão e outono, é de que as precipitações continuem com este padrão de distribuição muito irregular, intercalando períodos com chuva acima da média com períodos maiores com pouca ou nenhuma precipitação, devido a continuidade desta situação de neutralidade climática. Os volumes de chuva podem ficar ligeiramente abaixo da média, para a região centro-sul do Brasil. Para as regiões Centro-oeste e Sudeste, as chuvas diminuem nos próximos meses, devendo ficar entre a média e ligeiramente abaixo. Para as áreas produtivas do Nordeste, as chuvas devem continuar com volumes abaixo da média no decorrer dos próximos meses.

 Com relação às temperaturas, as primeiras massas de ar mais intensas devem chegar ao Sul do Brasil no decorrer de março, causando quedas acentuadas de temperaturas. Nas demais Regiões do Brasil, as temperaturas seguem com os valores dentro da média.

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