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Encontro da FAEP debate o caos logístico

Diante de 350 lideranças rurais de todo o Estado, no  Encontro das Comissões Técnicas e Lideranças Sindicais do Sistema Faep, realizado nesta segunda-feira (24), em Curitiba, o presidente da Federação, Ágide Meneguette, resumiu o mais grave problema do agronegócio. "Este país tem se descuidado tanto de nossos portos,rodovias, ferrovias, hidrovias, aeroportos, armazéns, comunicações, que hoje pagamos um preço amargo para comercializar e transportar nossa produção agropecuária, afirmou.

Há anos a FAEP vem apontando sistematicamente os gargalos proporcionados pela infraestrutura e logística como impeditivos no escoamento rápido das safras.

 Uma safra recorde, um congestionamento gigantesco de caminhões e navios, um transtorno colossal para que o governo finalmente abrisse os olhos, mas as promessas continua só no papel. "Ainda veremos muitas safras se deteriorando em estrangulamentos, porque até arrumar o estrago que o desleixo oficial criou vai levar muito tempo",disse o presidente da FAEP.

Em sua palestra "Apagão da Logística Agrícola no Brasil",  o economista e colunista do jornal "O Estado de São Paulo",Marcos Jank demonstrou a tragédia que se tornou a questão da logística no Brasil. "Devíamos fazer o que os estudantes estão fazendo, ir pra rua, tomar as praças e protestar", disse, "e esses 242 bilhões prometidos pelo governo para essa área para mim são fantasiosos".

Na sua exposição Jank comparou os investimentos do Brasil em infraestrutura em relação a outros países. O Brasil é o 106º. no ranking global de investimentos. "Os chineses investem 30% do PIB em infraestrutura e logística enquanto aqui o governo investe 1% e o setor privado 17%".

 Também criticou a política de governo de estimulo ao consumo que, segundo ele, não se sustenta. O segredo é a produtividade. "Quem está salvando o Brasil é o agronegócio, o Brasil e muito ruim de serviços", apontou.

Numa avaliação das últimas três décadas ele afirmou que "a década de 80 foi perdida. Na década de 90 eles eram do contra e há 10 anos estão no poder".

Com relação ao mercado externo, Jank diz que a Argentina não é o futuro. O Brasil deve apostar na Ásia e na África.

 

A pesquisadora da Esalq/Log Priscilla Nunes apresentou o estudo sobre a  Logística do Agronegócio Paranaense que faz um comparativo entre as tarifas rodoviárias e ferroviárias no Paraná.

Ao analisar o  Plano Agrícola e Pecuário 2013/14 o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Neri Gellerafirmou que os produtores rurais cumpriram o seu papel. "O mesmo não aconteceu com os governantes".

E, finalizando as palestras o secretário estadual da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, apresentou  o novo programa de Seguro Agrícola do Paraná que entrará em vigor a partir da safra 2013/14. A proposta prevê a ampliação de três para 29 as culturas que serão asseguradas com subvenção do governo do Paraná. 

Ortigara explicou que o Governo do Estado ampliou o orçamento para R$ 6,4milhões para garantir as operações e atender a demanda do setor. Esta iniciativa irá permitir aos agricultores paranaenses a diminuição dos custos de contratação do seguro rural. "O programa estará pronto para operar já neste ano, com estimativa para o mês de setembro", afirmou Ortigara lembrando que as operações terão um limite de R$ 4,8 mil por cultura ou beneficiário. Acesseaqui para ver as fotos do evento

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