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Exportações do agronegócio paranaense cresceram 31% de janeiro a julho

As exportações do agronegócio paranense registraram números positivos de janeiro a julho deste ano.  De acordo com a avaliação da economista da FAEP, Gilda Bozza, de janeiro a julho de 2011 as exportações do setor cresceram 31%, passando de US$ 5,46 para US$ 7,16 bilhões. O desempenho, segundo a economista é resultado dos preços internacionais elevados das principais commodities agrícolas, em que pese a valorização do real. Nas exportações totais do Estado, o agronegócio participou com 73,7%. Já nas exportações do agronegócio brasileiro, o Paraná contribui com 13,8%.

O setor líder foi o complexo soja, com US$ 3,37 bilhões (47%). Em segundo lugar figura o complexo carnes com uma receita de US$ 1,31 bilhão e subindo de posição, o setor sucroenergético ocupa o terceiro lugar, com uma receita de US$ 769 milhões. Esses três setores respondem por 76% das exportações do agronegócio paranaense. É o que apontam os dados da Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Abaixo, o desempenho de cada complexo segundo análise da economista.

Complexo Soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado).

No acumulado janeiro/julho, o complexo soja (grão, farelo, óleo bruto e refinado) apontou uma elevação na receita de 40%, passou de US$ 2,40 bilhões para US$ 3,37 bilhões. Esse segmento participa com 47% nas exportações do agronegócio estadual. As exportações de soja em grão registraram crescimento de receita, ancorados nos preços elevados e nas aquisições chinesas.  As divisas passaram de US$ 2,41 bilhões para US$ 3,37 bilhões.

Os preços saíram de US$ 369,29/t para US$ 467,62/t, uma evolução de 26%. Já o volume comercializado caiu 5%, passando de 4,53 milhões para 4,30 milhões de toneladas. A receita com as exportações de farelo de soja passou de US$ 484 milhões para US$ 920 milhões, um crescimento de 90%. No acumulado do ano, as exportações de óleo bruto somaram US$ 365 milhões, 69% superiores ao mesmo período de 2010 (US$ 216 bilhões).  As receitas com óleo refinado somaram US$ 78 milhões e um volume de 62 mil toneladas. O crescimento na receita foi de 110% e na quantidade embarcada de 48%.

Complexo Carnes (bovina, aves, suína e outras).

A análise das exportações do agregado carnes (aves, bovina, suína e outras) aponta uma evolução da receita de 13%, passando de US$ 1,15 para US$ 1,31 bilhão e retração no volume exportado de 654 mil toneladas para 649 mil toneladas, por conta do embargo russo nas carnes bovina e suína. A expectativa apontava uma retração maior nas carnes suínas, o que não correu, haja vista o cumprimento de contratos. Com isso, a receita de carne suína somou US$ 90 bilhões e um volume de 36 mil toneladas.  Já a receita de exportações de carne bovina caiu de US$ 43 milhões para US$ US$ 35 milhões e a quantidade embarcada caiu de 13 mil para 9 mil toneladas.

As receitas de carne de frango totalizaram US$ 1,03 bilhão, resultado de preços internacionais mais elevados e pequeno acréscimo no volume de 544 mil para 553 mil toneladas. As exportações de carne de peru caíram de US$ 84 milhões para US$ 50 milhões e o volume comercializado caiu de 31 mil toneladas para 16 mil toneladas.

Complexo Sucroenergético (açúcar e álcool)

O agregado sucroenergético registrou exportações de US$ 769milhões contra US$ 539 milhões em igual período de 2010, resultante do aumento dos preços dos produtos.   O valor das exportações de açúcar foi de US$ 730 milhões contra US$ 434 milhões no acumulado janeiro-maio de 2009.  As vendas externas de álcool passaram de US$ 104 para US$ 39milhões. O volume exportado passou de 162 mil toneladas para 51 mil toneladas.  Segundo a Associação de Produtores de Bioenergia do Estado do Paraná, desde o ano passado (2010), a produção estadual de etanol não é suficiente para abastecer o mercado interno.

Cereais, Farinhas e Preparações

As exportações de trigo via Porto de Paranaguá totalizaram US$ 211 milhões, um crescimento de 107% sobre igual período de 2010 (US$ 102 milhões), sustentadas pelo preço internacional e pelo escoamento da produção via mercado externo, haja vista os preços não remunerados e a oportunidade de exportação no período e respondendo por 30% das exportações brasileiras.  Já as exportações brasileiras do cereal, geraram receita de US$ 695 milhões e um volume comercializado de 2,3 milhões de toneladas.

Quanto às exportações de milho em grão, passaram de US$ 63 para 99 milhões, com um volume exportado de 397 mil toneladas. A participação nas exportações brasileiras do grão foi de 13%.   Em igual período, o Brasil exportou US$ 760 milhões e um volume de 3 milhões de toneladas. A previsão das exportações brasileiras em 2011 aponta para um volume de 8 milhões de toneladas.

Café

No período analisado, as exportações de café totalizaram US$ 260 milhões e volume exportado de 42 mil toneladas.

Mercados

Por bloco econômico, a Ásia (29%) e a União Europeia (21%) são os principais mercados, com o Mercosul em terceiro lugar, com 14%. As exportações para a União Europeia cresceram 27%, passaram de US$ 1,6 bilhão para 2,0 bilhões.  Os principais mercados, em ordem de importância foram: Países Baixos (6%);Alemanha (6%), França (2%); Itália (2%); Espanha (1,5%). Já as exportações para a Ásia cresceram 8%, passaram de US$ 2,6 para US$ 2,8 bilhões. O mercado chinês tem uma participação de 19% nas exportações totais paranaenses.

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