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Fiscais agropecuários anunciam paralisação a partir de segunda-feira

A partir de segunda-feira, mais uma categoria do funcionalismo público entrará em greve: os fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Como a categoria tem reunião marcada com o Ministério do Planejamento para esta quinta-feira, às 10h, as lideranças aguardam uma definição que evite a paralisação.

"Esperamos que haja uma proposta e que não nos deixem naquela situação de negociar após o dia 13", disse Wilson Roberto de Sá, presidente do Sindicato Nacional dos Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical), referindo-se à decisão recente do governo federal de adiar as reuniões de negociação que estavam agendadas.

Nesta quarta, os servidores organizaram um ato público de protesto na Esplanada dos Ministérios. Eles se reuniram em frente ao anexo do Ministério da Agricultura e de lá caminharam até o Ministério do Planejamento.

Os fiscais agrários querem reajuste salarial, realização de concurso público, implantação da escola de formação profissional da carreira, mudanças no processo seletivo de gerência da pasta e regulamentação da situação de servidores cedidos ao Ministério da Pesca.

De acordo com Wilson Roberto de Sá, essa pauta de reivindicações vem sendo discutida com o governo desde maio. "A greve foi aprovada porque não vimos atendimento durante as tratativas com o governo federal", afirmou.

O reajuste salarial reivindicado pela categoria é o mesmo que consta da pauta dos demais servidores federais em greve: correção salarial de 22,08%, índice que equivale à aplicação da inflação desde 2010 e ao crescimento registrado pelo Produto Interno Bruto (PIB) – soma de riquezas e bens produzidos pelo país.

Os fiscais agropecuários têm a função de monitorar o trânsito de produtos nos portos, aeroportos e fronteiras, além do uso de defensivos nas lavouras, a fim de evitar contaminação provocada por animais, plantas ou agrotóxicos. Segundo Wilson de Sá, atualmente, há apenas 3.246 funcionários realizando esse trabalho em todo o território nacional.

"Em Mato Grosso do Sul, temos 132 servidores responsáveis por fiscalizar uma fronteira de mais de 6 mil quilômetros", exemplifica. Por esse motivo, os fiscais agropecuários querem a contratação imediata de mais 1,5 mil servidores para atuar no serviço.

AGÊNCIA BRASIL

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