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Fórum em Londrina vai discutir desafios do mercado de trigo

Um debate amplo vai reunir representantes da cadeia produtiva no 8º Fórum Nacional do Trigo, que será realizado de 27 a 30 de agosto no Parque de Exposições Ney Braga, em Londrina (PR). O evento acontece simultaneamente com a 7ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale (RCBPTT).

Um dos pontos altos do evento é a discussão sobre "O mercado do trigo no Brasil", com abordagens sobre a situação atual de logística, preço mínimo, seguro, mecanismos de apoio à comercialização, tributação, importação e exportação, programada para a manhã do dia 28. Participam do painel Neri Geller, secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA), e representantes dos segmentos da produção, indústria e setor tributário.

"O trigo é um dos produtos estratégicos para o Brasil e que está dentro das prioridades do governo devido à sua importância na cesta básica da população", diz Neri Geller. A presença do representante do Ministério deve aprofundar a reflexão sobre as principais questões que afetam o setor. Geller vai apresentar os direcionamentos da política governamental com relação ao preço mínimo e aos recursos para seguro, garantias de comercialização e remoção do produto. O secretário também vai abordar a decisão do governo em estimular o cultivo do produto na região Centro Oeste.

Diferentes visões vão enriquecer a discussão, como a dos produtores, que devem fazer opções sobre o tipo de produto que vão cultivar. De acordo com João Bosco de Souza Azevedo, gerente comercial da Cooperativa Integrada, os cooperados são orientados a plantar variedades que atendam as exigências dos moinhos. "A cooperativa segrega materiais para este tipo de mercado, produzindo sementes para os agricultores", afirma.

Azevedo diz que os produtores atendem ao apelo da indústria, optando pelo trigo panificável. "Eles (triticultores) abrem mão do cultivo de alguns materiais para investir naqueles para panificação, embora essa opção demande muito mais investimentos em tratos culturais e outras exigências", relata. O gerente da cooperativa afirma que apesar da quebra da safra em virtude das geadas, o trigo paranaense terá boa qualidade.

A indústria também terá espaço no debate. O especialista Claudemir Canesin Toschi, da Bunge, leva a sua contribuição ao abordar o processo de seleção do produto para os moinhos. Ele avalia que o trigo produzido no Brasil tem boa qualidade para a panificação, salvo quando ocorrem problemas climáticos. "Uma das principais dificuldades é com relação aos custos de remoção do produto, o que leva o trigo a ficar na região onde é colhido e não abastecer moinhos de outras regiões", diz.

Questões relacionadas à tributação do trigo ficarão a cargo do especialista Fábio Carneiro Cunha, da Legex, empresa de consultoria em comércio internacional. "Temos que analisar a política tributária do país, se tem beneficiado ou não o setor e avaliar, por exemplo, porque o país tem que importar trigo", afirma.

PROGRAMAÇÃO – O 8º Fórum Nacional do Trigo será aberto no dia 27 (terça-feira), às 19h30, com a conferência "Política agrícola para a produção do trigo no Brasil".

No dia 28, no período da tarde os temas serão aprofundados nos painéis "Futuro do Trigo no Brasil" e "Qualidade industrial e pós-colheita", seguidos de debates.

A 7ª Reunião da Comissão Brasileira de Pesquisa de Trigo e Triticale será realizada no dia 29 com a palestra "A importância do trigo em sistemas de produção de grãos no ParanT, seguida dos trabalhos das subcomissões. A partir das 18 horas, haverá a sessão Pôster.

No dia 30, estão previstas a finalização dos trabalhos e atas das subcomissões, a sessão plenária final e premiação dos melhores trabalhos.

CÂMARA SETORIAL – A 7ª RCBPTT e 8º Fórum Nacional do Trigo serão precedidos da Reunião da Câmara Setorial da Cadeia Produtiva das Culturas de Inverno, que será realizada durante o dia 27 de agosto.

A promoção é da Embrapa Trigo, Fundação Meridional e Cooperativa Integrada, com o apoio da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e Sociedade Rural do Paraná. O Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), Embrapa Soja e Embrapa Produtos e Mercado são instituições parceiras. Outras informações no endereço www.reuniaotrigo2013.com.br.

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