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Piscicultura ganha destaque no agronegócio brasileiro

O agronegócio no Brasil atravessa um de seus melhores momentos. Prova disso é a safra 2012/13 de grãos que atingiu 185 milhões de toneladas, número que representa um recorde histórico no país. Somos também a nação com um dos maiores saldos comerciais agrícolas do mundo.

Em 2011, levantamento da Organização Mundial do Comércio (OMC) apontou o superávit brasileiro de US$ 73 bilhões. Agora, o novo desafio é nos fortalecermos em um novo segmento, a piscicultura, responsável pela criação de peixes e de outros animais aquáticos em cativeiro.

Neste ano, o governo federal anunciou que serão investidos R$ 4,1 bilhões até 2014 no segmento de psicultura. A medida faz parte do Plano Safra da Pesca e Aquicultura, que tem como objetivo dobrar a produção de pescados no país para 2 milhões de toneladas por ano e ainda reduzir a importação, pois, há cerca de dois anos, 34,2% do que era consumido no país era trazido de fora.

Para que esses números sejam atingidos, assim como é feito na agricultura familiar, os produtores estão recebendo incentivos financeiros, como melhores condições de crédito e taxas de juros mais baixas.

Estados como Acre, Amazonas, Pará e Rondônia já estão transformando o pescado em uma importante fonte de renda. Em Rondônia, por exemplo, a piscicultura cresceu 300% nos últimos dois anos e está entre as três principais atividades agroeconômicas da região.

No Acre também temos um projeto grandioso que pretende saltar de uma produção de 5 mil toneladas para 20 mil nos próximos cinco anos. Nesse Estado, o governo implantou um projeto para revitalizar áreas devastadas e construiu mais de 2,5 mil tanques de peixes. Até o final de 2014, a meta é construir 5 mil tanques.

Com o fortalecimento da atividade, o mercado de equipamentos também está engajado em desenvolver tecnologias que possam aumentar a produtividade e tornar o trabalho do criador mais lucrativo. Ao longo dos anos, as empresas estão se estruturando para oferecer as melhores soluções para a agropecuária, por isso estudam os melhores métodos de facilitar o trabalho do produtor, seja no processo de alimentação, na reprodução ou no controle de qualidade da água.

Um dos exemplos de tecnologia adaptada para essa atividade é o atomizador, que também é utilizado no combate de enfermidades em cultivos. Com o atomizador, é possível lançar a ração de maneira homogênea no tanque, minimizando a disputa dos peixes por alimento. Assim eles se alimentam melhor, ganhando mais peso e qualidade.

Assim como evoluímos em diversos segmentos da agricultura, temos um grande potencial para também nos destacarmos com a piscicultura. Além de ser um importante complemento de renda para os produtores rurais, a iniciativa ajuda a revitalizar áreas devastadas, garantindo uma melhora considerável da qualidade de vida no campo. Vale ressaltar que, com o aumento do volume de pescados criados no país, caminharemos para a autossuficiência e, quem sabe, nos tornaremos uma potência na atividade.

Diário do Comércio

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