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Impasse trava medidas de apoio ao café

Negociações de última hora, desistência e pedidos de desculpa compuseram o enredo do evento marcado pelo Ministério da Agricultura para divulgar medidas de apoio à cafeicultura ontem em Brasília A entrevista coletiva para divulgar os mecanismos de auxílio estava marcada desde a semana passada, mas foi cancelada por falta de acordo com o Ministério da Fazenda.

A principal medida seria a aquisição de café via contrato de opção de vendas. Após a coletiva atrasar mais de uma hora e meia em relação ao horário agendado, o ministro da Agricultura, Antônio Andrade, decidiu postergar o evento. "Queríamos mais do que poderíamos anunciar aqui hoje", disse Andrade, justificando o adiamento do anúncio. A proposta deve ser apresentada "ao longo da semana", disse o ministro, muito criticado por produtores e representantes de entidades presentes.

Alguns cafeicultores disseram ao ministro que o cancelamento foi uma "falta de respeito". Andrade afirmou que foi pelo "bem do setor cafeeiro". Ele afirmou que o anúncio poderá ser feito em Minas Gerais, com a presença da presidente Dilma, provavelmente na quarta-feira.

Durante as negociações, segundo uma fonte presente nas reuniões, o secretário-adjunto de Política Agrícola e Meio Ambiente do Ministério da Fazenda, João Rabelo, teria oferecido 2 milhões de sacas com um preço base de R$ 343. O ministro, segundo essa fonte, não teria ficado satisfeito com a proposta. A aquisição de somente dois milhões de sacas seria considerada uma derrota para o ministro, na visão de representantes do setor de café, justamente no momento em que cafeicultores enfrentam preços baixos para o produto. O setor pede a compra de três milhões de sacas.

Andrade teria então batido o pé e não aceitou a proposta da Fazenda, que queria limitar a compra em dois milhões de sacas. No meio do impasse, o ministro ligou para a presidente Dilma Rousseff e mesmo assim a estratégia não surtiu efeito. Com isso, ficaram sem definição o valor a ser pago por saca e a quantidade total. A CNA pedia R$ 360 por saca em um total de 3 milhões de sacas, e a Fazenda, algo em torno de R$ 340.

O objetivo do governo é enxugar a oferta no mercado e elevar os preços. O governo tem sofrido uma forte pressão dos cafeicultores, uma vez que as cotações do arábica estão abaixo do preço mínimo de garantia, de R$ 307 a saca.

Fonte: Valor Econômico – 06/08/2013

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