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Informe SOJA, MILHO E TRIGO 13/04/2015

Confira a análise econômica da FAEP dos preços da soja, milho e trigo

Por Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA FECHA EM MENOR COTAÇÃO
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago, encerram a sexta-feira (10), com novas perdas. O contrato de maio perdeu 0,21%, fechando no valor de US$ 9,51/bushel. No porto de Paranaguá a cotação fechou em R$ 66,00/saca, perdendo 5,8% na semana, com o dólar perdendo 3,3% na semana.

tabela 1
O contrato de maio dessa sexta-feira encerrou no menor valor desde outubro de 2014.
Contribuíram para continuidade das perdas o relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgado no dia anterior (09), com aumento da produção mundial, a revisão da produção brasileira passando de 93,25 para 94,28 milhões de toneladas no levantamento da Companhia Nacional do Abastecimento (Conab), divulgado na sexta-feira (10), a aceleração da colheita na Argentina, com percentual colhido de 20% segundo dados do Ministério da Agricultura da Argentina (MINAGRI), adiantado em relação à safra anterior, e a estimativa de que á área plantada de soja na próxima safra americana deverá resultar em novo recorde histórico.

Segundo dados da consultoria Safras e Mercados o percentual colhido no Brasil, até a última sexta-feira, era de 83%, o que é um percentual em linha com a média dos últimos cinco anos, no Paraná este percentual é de 95%, acima da média histórica e no Mato Grosso o percentual é de 98%.

O percentual comercializado, segundo dados da mesma fonte, é de 50% no Brasil, abaixo da média dos últimos cinco anos, sendo 35% no Paraná, abaixo dos 50% comercializados na média histórica. No Mato Grosso o percentual comercializado é de 65% contra a média dos 77%, em Goiás são 60% contra os 76%.

O preço médio recebido pelo produtor, segundo a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB), foi de R$ 57,66/saca com queda de 1,30% em relação à quinta-feira.
Na data de hoje até às 08:00 o contrato de maio da soja estava ganhando 1,25% na Bolsa de Chicago, cotado a US$ 9,52/bushel.

MILHO TEM NOVAS BAIXAS

tabela 2
Os contratos futuros do milho continuaram em perdas, com o contrato de maio caindo 0,26%, fechando no valor de US$ 3,77/bushel, na última sexta-feira.
Sem novidades, o relatório do USDA, que trouxe estoques mundiais acima do esperado, continuaram a refletir nos preços.

A Conab revisou a produção brasileira de 29,72 para 30,29 milhões de toneladas para a primeira safra. Para a segunda safra a produção cresceu de 48,48 para 48,68 milhões de toneladas. Desta forma, a produção total brasileira passou de 78,2 para 79,8 milhões de toneladas.
Segundo dados da consultoria Safras e Mercados o percentual de plantio do milho safrinha no Brasil é de 98%, número acima do percentual plantado na safra passada. No Paraná o percentual é de 99%.

O percentual comercializado do milho 1ª safra no Paraná até final de março foi de 25%, em linha com a média das últimas cinco safras, segundo dados da SEAB. Para a segunda safra este percentual é de 12%.
Na data de hoje até às 08:00 o contrato de maio do milho estava perdendo 2,25% na Bolsa de Chicago, cotado a US$ 3,74/bushel.

TRIGO SOBRE POR SECA

Tabela 3
Os contratos futuros do trigo subiram na sexta-feira com a preocupação em relação ao tempo seco que pode prejudicar a produção de trigo de inverno nos Estados Unidos. Além disso, o mercado voltou a olhar para o relatório do USDA, com queda dos estoques mundiais e americanos.

O preço médio recebido pelo produtor segundo dados da SEAB foi de R$ 34,92/saca na última sexta-feira, restando 15% da safra 2014 para ser vendida.
O plantio da nova safra já teve início no Paraná, totalizando percentual de 3% da área plantada no núcleo regional de Cascavel, sendo que a SEAB estima uma redução de área de 4% para este núcleo regional. O núcleo de maior produção prevista deve ser o de Cornélio Procópio com expansão de 18% na área de plantio.

A produção da safra 2015 deve ocupar uma área de plantio apenas 3% inferior à safra passada, o que pode resultar em uma produção de 4,04 milhões de toneladas, com aumento de 7% em relação à safra passada, segundo a SEAB.

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que a área de plantio em 2015 seja de 2,79 milhões de hectares, com redução de 0,22% em relação à safra passada, resultando em uma produção nacional de 7,71 milhões de toneladas, com aumento de 24% rem relação à safra passada. No Paraná o aumento de produção previsto é de 8,7%, com uma previsão de produção de 4,04 milhões de toneladas, no Rio Grande do Sul a previsão de produção é de 2,89 milhões de toneladas em comparação às 1,67 milhões de toneladas produzidas na safra anterior.

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