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Informe – SOJA, MILHO E TRIGO – 29/04/2015

Confira as cotações das principais commodities agrícolas

Por: Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA FECHA EM ALTA POR DEMANDA

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Os contratos futuros da soja passaram a subir na data de ontem após o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) informar que foram vendidas, para destinos não informados, 390 mil toneladas da safra 2015/16. A venda surpreendeu, já que a demanda nessa epóca do ano costuma estar voltada para a América do Sul, e o ano comercial da safra nova americana começaria em setembro, assim os preços encontraram sustentação.

De certa forma, outro fator que pode ajudar os preços são as previsões de condições de clima favoráveis ao plantio do milho nos próximos dias, com a expectativa de que o percentual plantado deve evoluir significativamente, sendo possível o plantio na janela adequada. O site americano Agrimoney aponta que alguns produtores poderiam até aumentar a área de plantio do milho em relação a inicialmente prevista, e isso ajudaria, leve e de forma curta, no preço da soja já que retiraria a idéia de que a área de milho que não seria plantada por condições climáticas ruins, seria convertida em plantio de soja, aumentando ainda mais a área de soja.

O fato é que, até a conclusão do plantio do milho e soja nos Estados Unidos e após o novo relatório do USDA de plantio em junho, as duas culturas estarão sujeitas às oscilações nos preços vindas das notícias sobre as condições climáticas nos Estados Unidos.
A idéia predominate para um espaço maior de tempo continua sendo a de recomposição de estoques com expectativa de safras recordes nos Estados Unidos, Brasil e Argentina.

Outra variável sob análise é o câmbio com reuniões do Banco Central brasileiro e do Federal Reserve americano, com expectativa de que a decisão de aumentos nos juros nos Estados Unidos seja novamente adiada e no Brasil que as decisões apontem para uma desaceleração do cliclo de aperto monetário.

Na data de hoje, até às 08:44 o contrato futuro de julho na CBOT havia perdido 0,08% no valor de US$ 9,76/bushel, com o câmbio abrindo em R$ 2,935, recuando 0,25% após a informação de que o PIB americano do primeiro trimestre ficou abaixo do esperado.
MILHO EM BAIXA POR PLANTIO

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Os contratos de milho na data de ontem encerraram predominantemente em queda, que é baseada nas boas perspectivas climáticas que indicam que o plantio de milho pode ser realizado na janela adequada, no período que pode garantir melhores produtividades. Expectativas de que a área de milho possa aumentar sobre o inicialmente previsto também contribuem para o cenário de baixa.

Notícias sobre a propagação da gripe aviária completam este cenário gerando expectativas de redução da demanda.
O preço médio recebido pelo produtor no Paraná na data de ontem foi de R$ 20,29/saca, segundo a SEAB, já registrando valor abaixo do custo de produção calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) em janeiro de 2015 para o Paraná.

Na data de hoje até as 08:44 o contrato de julho na CBOT ganhava 0,82%, no valor de US$ 3,67/bushel.

TRIGO RECUPERA ENORME PERDA DA DATA ANTERIOR

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Após perder 3,23% na terça-feira, maior perda em sete meses, o contrato futuro do trigo na data de ontem recuperou 0,26%, fechando no valor de US$ 4,71/bushel.

O mercado passou a olhar para o dado da evolução do plantio divulgado pelo USDA verificando uma piora das condições das lavouras em alguns estados produtores, com a idéia de que a chuva ocorrida ainda não tenha sido suficiente.

No Paraná a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) atualizou o percentual de plantio do trigo até 27 de abril para 12%, contra os 5% da semana anterior, prevendo uma redução de área de 2% e uma produção de 4,07 milhões de toneladas, a partir de um aumento de 7% na produtividade.

O preço médio recebido pelo produtor na data de ontem foi de R$ 36,07 por saca, abaixo do custo operacional de produção de R$ 43,91 por saca, calculado pela Companhia Nacional do Abastecimento (Conab) no mês de janeiro.

Na data de hoje o contrato de julho na CBOT até às 08:44 registrava ganho de 0,73% no valor de US$ US$ 4,79/bushel.

André Amorim

Jornalista desde 2002 com passagem por blog, jornal impresso, revistas, e assessoria política e institucional. Desde 2013 acompanhando de perto o agronegócio paranaense, mais recentemente como host habitual do podcast Boletim no Rádio.

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