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Informe SOJA, MILHO, TRIGO 09/04/2015

Confira a análise econômica da FAEP dos preços da soja, milho e trigo

Por Tânia Moreira, economista do Departamento Técnico e Econômico da FAEP.

SOJA FECHA COM ALTAS E BAIXAS A ESPERA DO USDA

Após iniciar o dia com quedas, e permanecera assim ao longo do dia, os contratos futuros de soja na data de ontem fecharam mistos, com valorização para maio e julho, mas com perdas nos contratos de agosto em diante.

tabela 1
No porto de Paranaguá ( CIF) o preço encerrou com nova perda passando de R$ 68,30 para R$ 67,50 por saca, na data de ontem.
O mercado buscou posicionamento frente o relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que será divulgado hoje (09).

A expectativa, segundo analistas é que os estoques americanos sejam reduzidos (10,4 para algo em torno de 10,1 milhões de toneladas), mas com manutenção dos estoques mundiais em 89,5 milhões de toneladas.

Além disso, analistas acreditam que pode haver uma leve redução da produção brasileira (94,5 para 94,0 milhões de toneladas) e aumento da produção argentina (56 para 56,8 milhões de toneladas).

tabela 2
A queda do dólar na data de ontem, menor valor em mais de um mês, também seguiu como ponto de atenção (-2,48% fechando em R$ 3,056). A ata do Cômite Federal de Mercado Aberto (Fomc) divulgada ontem, contribuiu para percepção de que a alta de juros nos Estados Unidos deve acontecer mais tarde que em junho, apostando alguns analistas que a alta poderá vir aproximadamente em setembro ou outubro.

No cenário brasileiro, a melhora da percepação de que a política fiscal possa ser cumprida, com a melhora do cenário político, ao ser determinado que o vice-presidente da República, Michel Temer, assume a coordenção da articulação política do governo, também teve influência. Segundo o jornal Valor Econômico, o mercado futuro dos juros começa a perceber que o cenário mudou, diminuindo o prêmio de risco, e vislumbrando que o ciclo de aperto monetário possa reduzir, o que significa altas menores que o previsto para a taxa Selic.

Outro fator que segue sob atenção para a soja, são as condições climáticas nos Estados Unidos para o plantio do milho, podendo ocorrer uma transferência de área para a soja, pressionando os preços da oleaginosa, ao aumentar ainda mais a área recorde já prevista pelo USDA, para a próxima safra americana. Observando, cuidadosamente, que os produtores americanos começam a plantar o milho em abril, finalizando no final de maio ou junho.

Os negócios se aceleram no Brasil, apesar do percentual de comercializado atual de 50% estar abaixo da média dos anos anteriores, segundo dados da consultoria Safras e Mercados. No Paraná o percentual comercializado, segundo dados da mesma fonte, até quinta-feira passada (02) era de 35% contra a média de 44% da safra passada.
Ainda na data de hoje, pela manhã, o USDA divulgou que as exportações americanas de soja encerradas em 02 de abril, foram 6% menores que na semana passada e 5% menores que na média das últimas quatro semanas. O total acumulado das exportações americanas atingiu 48,3 milhões de toneladas, contra as 48,7 milhões projetadas para o final do ano safra, segundo o USDA, e contra os 44,5 milhões exportados na mesmo período do ano passado.

O contrato de maio na data de hoje, até às 08:22, perdeu 0,36% cotado a US$ 9,68/bushel.

MILHO CONTINUA O MOVIMENTO DE BAIXA

Os contratos de milho na de ontem encerraram com perdas, com investidores buscando posicionamento frente ao relatório do USDA, com possibilidade, segundo analistas, de revisão, para cima, dos estoques mundiais e americanos. tabela 3

Contribui para queda de ontem, a desvalorização do dólar, a notícia de que houve redução de 2% na produção de barris de etanol nos Estados Unidos, o que colocou em xeque a demanda americana para o milho, além do forte recuo no preço do petróleo na data de ontem.

O contrato de maio para o milho abriu o dia com perda de 0,20% fechando em US$ 3,78/bushel, sendo atenuado por dados do USDA de que as exportações americanas na semana encerrada em 02 de abril, da safra 2014/15, cresceram 71% em relação a semana anterior e 30% em relação à média das últimas quatro semanas.

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