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Logística representa 17% do custo da soja do Paraná

Os números são da Esalq, da Universidade de São Paulo (USP), e fazem parte de um estudo, o Projeto Benin, encomendado pela Faep

161Os custos logísticos (armazenagem, transporte e despesas portuárias) corresponderam a 17,7%, em média, do preço da soja produzida no Paraná. O transporte responde pela maior parte (8,76%), seguido pela armazenagem (6,38%). Por último, vêm as despesas portuárias, que respondem por 2,58% do preço da soja entregue no porto.

Os números são da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), e fazem parte de um estudo, o Projeto Benin, encomendado pela Federação da Agricultura do Paraná (Faep). Representantes da Esalq viajaram pelo interior do Estado, em março do ano passado, entrevistando transportadores, tradings, cooperativas e cerealistas. Os cálculos levam em conta o valor de US$ 10,45 pelo bushel da soja, referente ao dia 12 de setembro.

E mostram que, apesar das recorrentes queixas dos produtores rurais a respeito dos valores dos fretes, a situação poderia ser bem pior. A Esalq concluiu que o transporte rodoviário de grãos no Paraná é caracterizado como um mercado de “concorrência perfeita”, no qual muitos agentes ofertam e demandam o serviço de forma que nenhum tem poder sobre o preço.

Além disso, segundo o projeto Benin, muitos transportadores não sabem calcular seus custos ao não considerarem, por exemplo, os salários e depreciação dos caminhões. “Em alguns períodos do ano, o preço praticado pelo mercado encontra-se abaixo dos custos mínimos para a realização deste serviço de transporte”, diz o relatório da Esalq.

Foram estudadas cinco rotas com destino a Paranaguá, saindo dos municípios de Piraí do Sul, Maringá, Francisco Beltrão, Campo Mourão e Toledo. Na última, o preço médio do frete é 7% inferior ao seu custo. A única rota bem remunerada, de acordo com o projeto, é a de Piraí do Sul, cujo valor do frete é 41% acima do custo. Nas outras, esse índice não passa de 7%. “Em geral os preços do frete ao longo do ano estão bem próximos do custo”, diz a Esalq.

O estudo chamou a atenção para o fato de o Paraná, em 1997, ter formado o Anel de Integração rodoviário, com a implantação de pedágio nas principais rodovias, que “melhorou sensivelmente” o estado de conservação dos principais eixos do transporte, reduzindo gastos com manutenção de veículos, porém a um “preço elevado”. O relatório diz que as concessionárias “pouco fizeram para melhorar o sistema de escoamento por rodovias, a não ser a obrigatória manutenção das pistas de rolamento”.

Nas cinco rotas analisadas, a participação do pedágio nos custos de transporte varia de 5% (caso de Piraí do Sul) a 14% (Maringá). O combustível é o principal custo variável, representando 44% do total. Os pneus representam 30% e a manutenção, 22%. Já, entre os fixos, a maior participação é a de remuneração do capital (30%), seguida dos seguros (25%) e da depreciação (21%). A mão de obra vem em quarto lugar, com 25%.

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Fonte: Folha de Londrina – 01/07/2014

 

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