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Logística responde por quase 18% do custo da soja

Os números foram calculados pela Esalq da Universidade de São Paulo, em estudo encomendado pela Faep

Os custos logísticos (armazenagem, transporte e despesas portuárias) corresponderam a 17,7%, em média, do preço da soja produzida no Paraná. O transporte responde pela maior parte (8,76%), seguido pela armazenagem (6,38%). Por último, vêm as despesas portuárias, que respondem por 2,58% do preço da soja entregue no porto.

Os números foram calculados pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) da Universidade de São Paulo (USP), em estudo encomendado pela Federação da Agricultura do Parana (Faep), que recebeu o nome de projeto Benin. A instituição viajou pelo interior do Estado, em março do ano passado, entrevistando transportadores, tradings, cooperativas e cerealistas. Os cálculos levam em conta o valor de US$ 10,45 o bushel da soja, referente ao dia 12 de setembro.

E, apesar das recorrentes queixas dos produtores rurais a respeito dos fretes, a situação poderia ser bem pior. A Esalq concluiu que o transporte rodoviário de grãos no Paraná é caracterizado como um mercado de “concorrência perfeita”, no qual muitos agentes ofertam e demandam o serviço de forma que nenhum tem poder sobre o preço.

Além disso, segundo o projeto Benin, muitos transportadores não sabem calcular seus custos e não consideram por exemplo os salários e a depreciação de caminhões. “Em alguns períodos do ano, o preço praticado pelo mercado encontra-se abaixo dos custos mínimos para a realização desse serviço de transporte”, diz o relatório da Esalq.

Na rota estudada entre Toledo e Paranaguá, o preço médio do frete é 7% inferior ao seu custo. A única rota bem remunerada, segundo o projeto, é a de Piraí do Sul, cuja valor do frete é 41% acima do custo. Nas outras, não passa de 7%. “Em geral os preços do frete ao longo do ano estão bem próximos do custo”, diz a Esalq.

O estudo chamou a atenção para o fato de o Paraná em 1997 ter formado o Anel de Integração Rodoviário, com a implantação de pedágios, que “melhorou sensivelmente” o estado de conservação dos principais eixos do transporte, reduzindo gastos com manutenção de veículos, porém a um “preço elevado” porque as concessionárias “pouco fizeram para melhorar o sistema de escoamento por rodovias, a não ser a obrigatória manutenção das pistas de rolamento”.

Nas cinco rotas analisadas, a participação do pedágio nos custos de transporte varia de 5% (caso de Piraí do Sul) a 14% (Maringá”. O combustível é o principal custo variável do transporte da soja, representando 44% do total. Os pneus representam 30% e a manutenção, 22%. Já, entre os fixos, a maior participação é a de remuneração do capital (30%), seguida dos seguros (25%) e da depreciação (21%). A mão de obra vem em quarto lugar, com 25%.

 
Fonte: Folha de Londrina – 18/09/2014

 

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