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O gargalo do porto

O gargalo do porto

O Porto de Paranaguá é um dos principais gargalos logísticos do Paraná

O Porto de Paranaguá é um dos principais gargalos logísticos do Paraná. E uma série de fatores dificulta a realização das melhorias que podem aumentar sua capacidade e eficiência. Atualmente, o plano de expansão do porto, elaborado pelo governo federal, está sob análise do Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou várias “não conformidades” no projeto.

O diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa), Luiz Henrique Dividino, afirma que o processo poderia estar bem adiantado. “Em 2012, nós fizemos um grande projeto, em conjunto com todos os usuários do porto. Mas, no ano seguinte, com a nova Lei dos Portos, o projeto foi levado para Brasília”, declara. Segundo ele, pela legislação antiga, o porto tinha autonomia para definir os projetos e fazer as devidas licitações. O novo marco legal concentra tudo em Brasília.

A Empresa Brasileira de Projetos (EBP), segundo Dividino, alterou toda a proposta elaborada no Paraná. “Usaram a parte que era consensual, mas aplicaram modelagens diferentes”, alega. A EBP, de acordo com ele, “pegou 20 projetos e transformou em 8”. “Eles querem concentrar para atrair grandes grupos interessados nas licitações”, afirma.

O presidente da Appa acredita que, assim que for liberado pelo TCU, o primeiro projeto ainda vai levar cerca de quatro anos para ser implementado. “Calculo pelo menos seis meses para o governo fazer a licitação e mais três anos, três anos e meio, para as obras”, ressalta.

O primeiro que deve ser executado é o projeto do pier em T. “Vem para desafogar a exportação de grãos. No corredor de exportação temos hoje capacidade de atracar três navios. No novo pier serão quatro. Ou seja, sete no total”, explica. Pronta a obra, a capacidade de Paranaguá para grãos sobe de 17 milhões de toneladas para 36 milhões de toneladas por ano. Todo o projeto de ampliação do porto, segundo Dividino, é para ser executado em até 30 anos. Há uma série de novos terminais previstos, inclusive para contêineres.

Enquanto a expansão não sai, segundo o presidente, o porto implanta medidas para aumentar sua produtividade, como dragagem e a compra de novos shiploaders (carregadores de navio). Com isso, prevê o aumento em 30% da velocidade de embarque de grãos até meados de 2015.

O representante do Conselho Temático de Infraestrutura da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), João Arthur Mohr, é bem otimista em relação às melhorias no porto. Ele acredita em soluções a curto prazo, tanto para o escoamento a granel como para o de contêineres. “Quando todo o projeto estiver pronto, a movimentação de granéis poderá quadruplicar e a de contêineres, triplicar. Além disso, a capacidade de armazenagem do porto vai crescer 100%”, afirma.

Já o assessor técnico e econômico da Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Nilson Hanke Camargo, se diz mais “realista”. “Eu tenho dito pelo Brasil afora que não acredito em melhorias significativas do porto nos próximos anos.” Para ele, além dos questionamentos do TCU, existem questões políticas a serem superados. “Depende muito de quem for eleito presidente (da República), e das pressões que serão exercidas”, declara.
Fonte: Folha de Londrina – 18/09/2014

 

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