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Milho: Mercado reflete avanço no plantio dos EUA

A evolução no plantio dos EUA tem sido o principal fator de pressão sobre os preços do milho em Chicago

MilhoNa Bolsa de Chicago (CBOT), os preços futuros do milho operam em queda pelo segundo dia consecutivo. As principais posições da commodity dão continuidade ao movimento iniciado na última sessão e, por volta das 12h25 (horário de Brasília), os contratos exibiam perdas entre 1,00 e 2,75 pontos. O vencimento julho/14 era cotado a US$ 4,67 por bushel.

No pregão anterior, os preços do cereal atingiram o menor nível em 12 semanas e já caíram e torno de 10% somente no mês de maio, a primeira queda mensal registrada esse ano. De acordo com a analista de mercado da FCSTone, Ana Luiza Lodi, a evolução no plantio dos EUA tem sido o principal fator de pressão sobre os preços do milho em Chicago.

Até o dia 25 de maio, cerca de 88% da área projetada havia sido cultivada com o cereal, contra 73% da semana anterior, segundo dados do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos).O percentual é o mesmo registrado na média dos últimos cinco anos e ficou dentro das expectativas dos participantes do mercado, de 85% até 90%. A Carolina do Norte é o estado mais avançado no plantio do cereal com 98% da área já semeada.

“O número veio em linha com a expectativa do mercado de 88% da área cultivada. E com esse percentual, a preocupação inicial com um possível plantio fora da janela ideal nos EUA começa a deixar de fazer sentido”, explica Ana Luiza.

Nos EUA, a produção de milho está projetada em 353,97 milhões de toneladas na safra 2014/15, conforme estimada do USDA. Ainda segundo as agências internacionais, as previsões de chuvas para o Centro-Oeste deverá manter a umidade favorável para o desenvolvimento das plantas.

E diante dessa projeção de safra cheia nos EUA, a expectativa dos investidores é que os preços do cereal recuem ainda mais. Segundo levantamento da ODS (Serviços em Agronegócio), na análise técnica, nas próximas semanas, as cotações do cereal devem operar perto de US$ 4,75 por bushel, mas se romper essa barreira pode buscar os US$ 4,20 por bushel.

Ainda assim, a analista da FCSTone destaca que, caso haja algum problema climático nos EUA, as cotações podem apresentar uma valorização. “E estamos olhando só o lado da oferta, temos que observar a demanda. As exportações norte-americanas do grão seguem firmes, assim como, o consumo para etanol, então podemos ter oscilações positivas nos preços”, destaca Ana Luiza.

BMF&Bovespa

As cotações futuras no milho na BMF&Bovespa acompanham a queda na Bolsa de Chicago e trabalham do lado negativo nesta quarta-feira. O vencimento julho/14 é negociado a R$ 27,20, no último pregão o valor era de R$ 27,30. Frente à evolução favorável das lavouras de milho, apesar de alguns problemas pontuais, e a proximidade da colheita, os preços futuros já precificam a safrinha que entrará no mercado a partir do próximo mês.

Este ano, a expectativa é que as exportações brasileiras totalizam 20 milhões de toneladas, segundo dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Já a produção do Brasil, está estimada em 75 milhões de toneladas, entre primeira e segunda safra, e o consumo próximo de 53 a 54 milhões de toneladas. Alguns analistas afirmam que as exportações do país servirão para equalizar a relação de oferta e demanda do milho. E contribuir para a formação dos preços.
Fonte: Notícias Agrícolas – Campinas/SP – 28/05/2014

 

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