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Negociação com título do agronegócio sobe 28%

Os mecanismos de crédito agrícola ainda representam pouco do mercado de renda fixa no país, mas vêm obtendo um bom crescimento.

No fim de março, os estoques de títulos do agronegócio somavam R$ 26 bilhões, 28% mais do que em igual período do ano passado, segundo dados da Cetip, que faz o registro e a custódia desses papéis, entre outros.

O aumento da procura por esses títulos tem um motivo bem atual. Com a queda nas taxas de juros do mercado, qualquer diferença de rendimento começa a ser um diferencial para o investidor.

Os títulos agrícolas têm esse diferencial porque possuem isenção de tributos para os investidores, tanto Imposto de Renda como IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

A avaliação é de Fábio Zenaro, gerente-executivo de produtos e negócios da Cetip.

Segundo Zenaro, a LCA (Letra de Crédito do Agronegócio) é o título mais atrativo, somando estoques de R$ 23 bilhões, 25% mais do que em março do ano passado.

Com lastro de recebíveis originados de negócios entre produtores e cooperativas, os títulos agrícolas permitem o aumento de crédito ao setor.

"Esses títulos são um incentivo adicional para que esse dinheiro seja canalizado para o agronegócio", afirma Zenaro.

A expansão desses títulos não se deve, no entanto, apenas à queda dos juros do mercado, mas também a um amadurecimento desses instrumentos de negociações.

O investidor começa a tomar conhecimento desses papéis e os bancos estão se utilizando mais deles, afirma o gerente-executivo.

A LCA é emitida por instituições financeiras públicas ou privadas e os emitentes são responsáveis pelos direitos creditícios.

Além da LCA, a Cetip registra estoques de R$ 1 bilhão em CRA (Certificados de Recebíveis do Agronegócio) e R$ 2 bilhões para CDCA (Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio).

Zenaro destaca, ainda, a boa evolução dos derivativos de commodities de balcão, próximos de R$ 6 bilhões.

A empresa que não tem acesso ao mecanismo de proteção internacional faz operação com bancos locais. "Eliminam dois tipos de risco: o de mercado e o de câmbio."

A Cetip registrou um estoque total de renda fixa R$ 2,3 trilhões em março. Desse valor, R$ 157 bilhões são títulos imobiliários, com destaque para os R$ 67 bilhões de LCI (Letra de Crédito Imobiliário).

Suspiro O tomate extra AA, tomando como base os preços mais comuns de negociação na Ceagesp, terminou março em R$ 7,81 por quilo. Ontem, o produto com a mesma classificação foi negociado a R$ 4,09, com queda de 48% no mês.

Histórico As exportações de soja em grãos caminham para um volume de 7 milhões de toneladas neste mês, 59% mais do que em abril do ano passado, conforme dados de ontem da Secex.

Ritmo forte Outro produto que está com volume elevado de exportação é o açúcar. As vendas externas deste mês somam 88,7 mil toneladas por dia útil.

Quanto atinge Se for mantido esse ritmo até o final do mês, o volume atingirá 1,95 milhão de toneladas, ante apenas 549 mil em 2012.

Crédito A agricultura empresarial recebeu R$ 84,9 bilhões de financiamento de julho a março últimos. O valor supera em 25% o de igual período anterior, segundo o Ministério da Agricultura.

De volta à farinha Após investimentos de R$ 8 milhões, a Bunge volta a oferecer uma linha completa de farinha de trigo: tradicional, com fermento e integral.

Comercialização A venda de soja atinge bom volume em Mato Grosso, mas traz um ponto negativo para o produtor, segundo o Imea. Neste mês, a saca recuou para, em média, R$ 42,00, o menor valor desde março do ano passado.

DE OLHO NO PREÇO

COTAÇÕES

Chicago

Milho
(US$ por bushel)6,46

Trigo
(US$ por bushel)7,02

Nova York

Açúcar
(cent de US$)*17,87

Algodão
(cent de US$)*84,33
* por libra-peso

MAURO ZAFALON mauro.zafalon@uol.com.br
Folha de S. Paulo

DETI

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