Normalmente a cidade de Palmas (região centro-Sul do Paraná) surge nos telejornais quando suas temperaturas atingem níveis muito baixos, com ocorrência de neve e chuva congelada. Mas o frio que faz o município virar notícia, também é o responsável por uma cultura que se reinventa e que vem garantindo bons resultados, a maçã.
Hoje, Palmas é o maior produtor da fruta no Estado. A produção estimada para 2014 é de 13,5 mil toneladas, uma média de 29 toneladas por hectare. “Não é uma super-safra, estamos dentro da média”, explica o presidente da Associação Paranaense de Fruticultores (Frutipar), Ivanir Leopoldo Dalanhol. Segundo ele, é possível colher muito mais, porém existem muitos pomares novos, que ainda estão em fase de desenvolvimento. “São três anos para começar a colher; para produzir plenamente só a partir de cinco anos; depois desse tempo tem pomares que podem colher até 60 toneladas por hectare”, explica.
Atualmente Palmas produz maçãs do tipo Gala, Fuji e Eva e em menor número (cerca de 10%) outras variedades como a Fuji Suprema e a Imperatriz. A atividade movimenta intensamente a economia do município. Na época da colheita, que se estende entre janeiro e abril, é empregado um grande contingente de mão de obra temporária, cerca de três pessoas por hectare, sem contar aqueles que vão trabalhar na seleção e no empacotamento da fruta.
Uma das dificuldades encontradas neste cenário é que a maçã precisa disputar a mão de obra sazonal com a colheita de batata, que acontece na mesma época. Como a fruta não permite escalonamento da produção, não é possível programar a colheita para mais tarde.
As maçãs “de mesa”, com bom tamanho e aparência, são destinadas a supermercados em todo Brasil, enquanto as maçãs com imperfeições seguem para fabricação de sucos em empresas de Fraiburgo e Videira, em Santa Catarina. Uma caixa de 18 quilos de frutas de boa qualidade rende ao produtor cerca de R$ 16,00.
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