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Pimenta: do campo para a indústria

Em Cambará, Produtores rurais se unem no plantio de pimenta e aproveitam a vizinhança da indústria

IMG_8612Muita gente não dispensa uma boa pimenta, mais ou menos ardida. E faz tempo, porque quando Colombo descobriu a América e Pedro Álvares Cabral apeou por aqui já encontraram os índios comendo a dita-cuja. Que é uma fruta, parente do tomate, e que pode ser um bom negócio. Foi isso que levou a um grupo de produtores rurais de Cambará, no Norte Pioneiro, iniciar o cultivo e o beneficiamento de pimenta. A proposta busca melhorar a renda, diversificar as atividades com a vantagem de que uma grande indústria – a Yoki Alimentos Ltda/General Mills está ajudando no projeto. 

O grupo americano comprou recentemente a marca brasileira, acrescentou sobrenome à Yoki e mantém no país oito fábricas. Em Cambará produz a maior variedade de produtos com cerca de 240 itens (chás, molhos, temperos, batata, milhos e doces).
A iniciativa de produzir e beneficiar pimenta tem o tempero do Sindicato Rural de Cambará, a assistência técnica da Emater e do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar), da Prefeitura, Banco do Brasil, da Cambará Projetos, além da Yoki. “No processo de estruturação da Associação de Produtores Rurais queremos um agricultor que tenha um perfil diferenciado voltado para a gestão e o empreendedorismo”, diz o presidente do sindicato rural Aristeu Kazuyuki Sakamoto.

Associativismo

As metas da Associação de Produtores já começaram a sair do papel. Além de iniciar o plantio escalonado de, em média, um hectare por produtor, o grupo alugou um galpão industrial com estrutura para fazer o pré-processamento da pimenta. Nesse local a pimenta será classificada, lavada, seca e triturada, segundo os padrões da indústria. A mistura será depositada, por camadas, em galões ou bombas com sal grosso e um ingrediente que é segredo da indústria.
Nesse processo de maceração a pimenta ficará no mínimo seis meses e no máximo seis anos. “Nossa ideia é escalonar a produção, pois no período chuvoso de dezembro a março não é possível cultivar, e entregar para a indústria após um ano. Assim conseguimos agregar valor à produção, comercializar na melhor época e garantir mais renda ao produtor rural”, explica o líder sindical.
Os produtores vão iniciar a parceria com a indústria produzindo 40 toneladas/ano, embora a Yoki tenha condições de absorver 100 toneladas/ ano. A cultivar que está sendo plantada em Cambará é a ‘jalapeña’ das variedades: Jupira, Ibiraba, Ibirajá, Jalapena M e Afrodite. Entre as características dessa variedade está a boa produtividade, grande quantidade de massa; pouca quantidade de semente; ótima coloração e ardência razoável.
Na fase de testes foram cultivadas sementes que tem preço que variam de R$ 26,00 a R$1.500,00 por 50 gramas. A mais cara é a híbrida. “A princípio o produtor pode achar muito caro, mas compensação ocorre no manejo da lavoura, porque a híbrida exige menos adubação e fungicidas. Por isso essa fase de testes e avaliação é fundamental para o sucesso da proposta”, explica o engenheiro agrônomo e técnico da Emater, Almir Del Padre, que assessora o grupo.

Persistência

O presidente do Sindicato Rural de Cambará, Aristeu Kazuyuki Sakamoto, explica que essa não foi a primeira tentativa de cultivar pimenta no município para fornecer para a indústria aconteceu em 2009. “Conseguimos apoio da FAEP, que viabilizou uma palestra com um pesquisador da Embrapa. Mas percebemos que precisávamos de mais informações para definir uma variedade e um padrão técnico para o plantio. Fomos visitar outras regiões produtoras e buscar mais conhecimento. Daí, visualizamos a necessidade de fazer o primeiro beneficiamento”.
A pimenta é original de regiões quentes e o maior desafio dos produtores é encontrar uma variedade que se adapte bem ao clima da região. “A pimenta gosta de calor, mas não gosta de umidade. Para isso plantamos cinco variedades da jalapeña sendo quatro híbridas”, informa o técnico da Emater, Almir Del Padre

Leia a matéria completa no site: http://issuu.com/sistemafaep/docs/bi_1260

Fonte: Sistema FAEP

 

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