Em algumas propriedades de Castro, região centro-sul do Paraná, a terra já está sendo preparada para o plantio, mas nos barracões ainda tem feijão estocado da safra passada. Só não tem quem pague o valor que os produtores querem.
“Eu, particularmente tenho 3 mil sacos, 180 toneladas de feijão, saldo da safra passada. Está tudo aí, a mercê do mercado. Vamos aguardar um pouco, vamos ver se reage”, diz o agricultor Albert Barkema.
De janeiro até agora, foram colhidas 402 mil toneladas de feijão no Paraná, 20% a mais que no ano passado. Em uma cerealista não há mais lugar para guardar a produção.
A maioria dos agricultores diz que o valor pago pela saca de 60 quilos hoje, não cobre nem os custos de produção e o prejuízo desse ano, fez com que muitos produtores rurais repensassem a atividade.
A estimativa para a safra das águas é que a área de plantio diminua em 14% no Paraná, de 238 mil hectares para 203 mil.
A supersafra fez os preços caírem. Os produtores estão recebendo R$ 40, R$ 50 pela saca, valor 60% menor que no mesmo período do ano passado.
O que mais preocupa o produtor é o feijão de cor, o feijão carioca, porque os estoques estão altíssimos. O cerealista Jhonatan Pontarollo fala sobre as medidas de socorro e o que os produtores devem fazer com esse estoque todo.
Fonte: G1 – 10/10/2014
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