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Preço pago pelo suíno registra recuperação no início de 2013

O preço do suíno em janeiro está, em média, 40% mais alto do que no mesmo período de 2012. No momento, a arroba está sendo comercializada a R$ 69,70. Por causa do fim do ano, muitos produtores anteciparam as entregas e diminuíram o volume de abates no mês. Além disso, a crise que o setor enfrentou em 2012, com os altos custos de produção, provocou o fechamento de várias granjas e reduziu o volume de animais no mercado.

Apesar do preço em alta, o valor ainda não é o suficiente para pagar o prejuízo que a crise do ano passado trouxe aos suinocultores. Em Bragança Paulista, interior de São Paulo, o suinocultor Geraldo Salaroli disse ter vivido momentos muito difíceis, principalmente no primeiro semestre.

— Na média anual foi R$ 50,00 por cabeça, mas cheguei a ter um prejuízo de R$ 75,00 por cabeça no período de maio, junho e julho. Muitos produtores saíram da atividade, fazendo com que tivesse menos oferta do suíno. E nas festas de fim de ano o consumo aumenta, então isso fez com que recuperasse pequena parte do prejuízo, mas nada significante — afirma.

Desde a semana passada, Salaroli está vendendo o suíno por R$ 72,00 a arroba, mas chegou a vender até por R$ 74,00 no inicio do ano. O custo da saca de milho está entre R$ 33,00 e R$ 34,00. A expectativa dele para os próximos meses é equilibrar o custo de produção.

— Em uma relação ideal, uma arroba suína tem o poder de compra de duas sacas e meia de milho durante o ano todo. Eu acredito que seja um ano de estabilidade e uma relação saudável de troca suíno e milho.

A orientação da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS) é ter cautela e focar na nutrição dos animais.

— Não é hora do produtor começar a querer aumentar a sua granja, a sua população de animais. Nós não temos a garantia de que vamos ter uma relação de troca saudável entre o milho e a arroba. O mercado ainda está muito indefinido na questão de grãos — diz o presidente da APCS, Waldomiro Ferreira.

O produtor rural Frederik Wolters, de Itacaré, na divisa com o Paraná, planta milho e soja e também cria suínos. Para ele, a crise só não foi tão dura por causa do lucro do grão.

— O ano que passou foi o mais complicado da propriedade e a gente teve sorte de ter a agricultura, que ajudou a equilibrar as contas — comenta.

Apesar de um início com preços bons, a arroba do suíno já apresentou uma queda e está sendo comercializada a R$ 69,70. Para fevereiro a expectativa de produtores e da Associação é de que os preços voltem a subir.

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