A economista da FAEP Gilda Bozza fez uma avaliação sobre as reviravoltas no mercado de commodities desta semana. Confira:
As preocupações com a saúde da economia mundial recaem nos preços das commodities agrícolas. As notícias que pipocam sobre a crise grega (moratória), os problemas na União Europeia e a possibilidade de maior lentidão na recuperação econômica global, levam os investidores a fugir do risco (vender as posições) e se refugiar no dólar. Com isso, o dólar vale US$ 1,4155/euro e as commodities – soja, milho e trigo – apontam forte queda na semana.
No caso do milho, além dos fatores mencionados, o pano de fundo foi a aprovação pelo senado norte-americano da proposta de término do subsídio para a produção de etanol (ainda deverá ser votada na câmara), que certamente afetará a demanda do grão. Assim, o preço internacional do milho acumula uma queda semanal de US$ 1,91/saca (10%), passando de US$ 18,48 para 16,57/saca.
No mercado da soja, o recuo na semana é de US$ 0,71/saca, passando de US$ 30,48 para US$ 29,77/saca.
Quanto ao trigo, pesam também os fatores fundamentais com estimativa de aumento da área planta nos Estados Unidos. Na semana, os preços internacionais acumulam queda de US$ 1,55 por saca.
No mercado paranaense, os preços da soja acompanham Chicago, com média diária de R$ 40,75/saca e queda semanal de R$ 0,64/saca. Já para o milho, o preço médio é de R$ 24,23/saca, com sinalização de preços menores haja vista a entrada próxima do milho safrinha. O trigo permanece com média diária de R$ 26,79 por saca.
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