Na manhã desta segunda-feira, dia 13, produtores e técnicos participaram da primeira reunião da Comissão Técnica de Caprinocultura e Ovinocultura em 2015, na sede da FAEP, em Curitiba. Durante o encontro, os participantes discutiram sobre o projeto de Determinação dos Custos de Produção de Cordeiros no Paraná, em parceria com a Universidade Federal do Paraná (UFPR), e o planejamento para implantação.
A iniciativa é resultado da última reunião da Comissão que ocorreu em novembro do ano passado. Diferente de outras atividades, como a bovinocultura, avicultura e suinocultura, por exemplo, ainda não há nenhum levantamento sobre os custos de produção na ovinocultura paranaense. “Como o produtor vai investir em uma atividade se não há um estudo com o custo de produção, com o retorno financeiro? O custo de produção do cordeiro será avaliado em cinco realidades diferentes e isso vai fortalecer a ovinocultura no nosso Estado”, avaliou Adriane Araújo Azevedo, presidente da Comissão. A expectativa é que o estudo seja concluído até o final do ano.
Outra dificuldade da atividade ocorre em relação ao melhoramento genético de ovinos. “Essa é outra necessidade da cadeia produtiva. Na bovinocultura, por exemplo, você compra um animal pelo rendimento de carcaça, habilidade materna. É isso que nós queremos desenvolver na ovinocultura porque hoje compramos um animal pelo aspecto visual. O melhoramento genético vai estruturar a atividade”, observou Adriane. Diante desse entrave, o professor Victor Breno Predosa, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), disse que vai apresentar um projeto sobre o assunto no próximo encontro da Comissão, no dia 15 de junho, em Curitiba.
Durante a reunião, o zootecnista Bruno Santos, da empresa neozelandesa AbacusBio, apresentou a cadeia produtiva da ovinocultura na Nova Zelândia. Lá, o rebanho soma 30 milhões de ovelhas e 21 milhões de cordeiros são abatidos por ano. Esse país concentra 58.068 propriedades rurais, com um tamanho médio de 248 hectares. A ovinocultura é uma atividade primária na Nova Zelândia, que exporta 98% da produção para mais de 100 países, entre eles o Reino Unido e a China. Saiba mais na próxima edição do Boletim Informativo.
Ouça o áudio da presidente da Comissão, Adriane Araújo Azevedo
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